quinta-feira, outubro 31, 2002

Novos Arquivos Sonoros

Já estão no ar as novas páginas dos novos arquivos sonoros da Rádio Base. Agora os arquivos de áudio estão separados por páginas, que facilitam o acesso. Nesta semana você poderá ouvir alguns "cartões de natal" da Jovem Pan 2 na década de 80 e um grupo de vinhetas da finada Eldo Pop FM, do Rio de Janeiro.
Novas do dial belorizontino
Caros Amigos da Rádio Base

Primeiramente gostaria de falar que realmente a Inconfidência FM não transmite a programação da Nativa FM. Como um mero ouvinte de rádio penso que, talvez, com a saída da Líder FM do segmento popular em BH a Inconfidência tenha se interessado em ocupar esse espaço deixado, firmando acordo com a Nativa FM para retransmitir sua programação. Acredito que a diretoria da emissora estatal tenha desistido desta intenção, uma vez que a cidade já possui outras 5 emissoras populares.

Depois da chegada da Rádio Globo AM na capital mineira, todas as outras emissoras AM estão dando um jeitinho de sobreviver à mudança. Primeiro, foi a Inconfidência AM que transmite alguns programas da Rádio Bandeirantes. Agora, é a Mineira que volta com força total como afiliada da Rede Jovem Pan. De qualquer forma, todas elas terão de concorrer com a tradicional e conceituada Itatiaia, que dá um show nas coberturas esportivas.

Quero dar meus parabéns à chegada da Jovem Pan AM na freqüência de 690 kHz, por meio de sua afiliada, a Mineira AM, que estava desativada. Apesar de tudo, o sinal ainda é de baixa qualidade e a programacão é uma mera retransmissão da cabeça de rede paulista porque ainda não há programas locais.

Até mais,
Henrique Gallo
Belo Horizonte-MG
E continua a enquete!

Então, leitor Rádio Base, se você recebesse uma hora em uma rádio, com o microfone aberto e liberdade total de expressão, com o que você ocuparia esse horário? Vale qualquer coisa, tocar uma hora de polka sem intervalos comerciais, falar a escalação da seleção brasileira da década de 20, fazer denúncias políticas, etc. Qualquer coisa mesmo!
As melhores respostas ganham um incrível "muito obrigado e volte sempre"!
Aguardamos seu e-mail

quarta-feira, outubro 30, 2002

Se essa rádio fosse minha 2

Olá amigos da Rádio Base,

Se eu tivesse uma hora em alguma rádio comercial, poria no ar um programa de defesa do consumidor, com um repórter vivendo as mais variadas situações, testando produtos e serviços com realismo e muito bom humor. O programa assumiria de forma irreverente a indignação do consumidor que é constantemente empulhado nas coisas mais simples: ligar para a operadora da TV a cabo e esperar horas, ter que mostrar documentos em compras com cheque e ver seus cheques roubados cairem em sua conta, as insuportáveis portas eletrônicas de bancos.

No programa piloto, nosso repórter iria a um jogo de futebol, de ônibus, sendo maltratado pela polícia, fila quilométrica, comprando numerada sem número, indo ao banheiro imundo, sem poder tomar uma cerveja. Ao final, a cartolagem seria convidada a explicar por que as famílias não vão aos estádios ou por que não tem Copa do Mundo no Brasil.

Carlos Cinquegrana Jr
São Paulo - SP

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Bom, pelo menos um programa de defesa do consumidor a gente já tem no rádio: é o "Bandeirantes vai às compras", de segunda à sexta na Rádio Bandeirantes AM. De qualquer forma, não deixa de ser uma ótima idéia. Agora, para fazer um programa do jeito que você deseja, a equipe, incluindo o repórter, teria de ser formada por jornalistas - diplomados e registrados de preferência, uma vez que seriam realizadas reportagens como nos velhos tempos em que o repórter ia para rua atrás da notícia e não ficava sentadinho na redação esperando ela cair em seu colo.

PS: Você não trabalha na Nativa FM?
O acordo Inconfidência / Nativa
Caro Marcos,
A Inconfidência FM fez um acordo com a Nativa FM, para a irradiação em Belo Horizonte do programa Coração Sertanejo, que é apresentado de segunda a domingo das 6 às 7 h. por Sérgio Reis. Em seu gênero é um programa bem produzido, que abre inclusive espaço para novos talentos, absolutamente adequado ao perfil da emissora, que não "virou a sucursal mineira."
Os amigos podem conferir a grade da inconfidência no site http://www.inconfidencia.com.br

Forte abraço,
Carlos Cinquegrana Jr.

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De fato, o leitor tem razão. Para nossa sorte, o único programa que a emissora compra da Nativa é "Coração Sertanejo". Felizmente o restante da programação ainda não foi comprado. Espero que não jamais o seja. Agora fica a pergunta: se nada mudou na Inconfidência, por que o site da Nativa indica um link com o logotipo "Inconfidência/Nativa 100,9, o amor de Belô"?Aliás, diga-se passagem, a programação da inconfidência FM que estou ouvindo neste exato momento é de primeira qualidade. Espero que o restante do dia esteja também assim. Deus queira que o pessoal da Rede Nativa jamais comande os 100,9 MHz de Belo Horizonte.
Ouça a Inconfidência FM ao vivo clicando aqui.
As mais mais do rádio
Amigos da Rádio Base
Quando? Quando as rádios nos nos derem mais alternativas. Foi até com surpresa que eu notei que se toca mais de uma música do mesmo interprete!! É o caso do Capital Inicial e Red Hot Chilli Pepers. São do mesmo CD? São lançamentos? E qual delas é a "música de trabalho"?
Daniela Brusco
São Paulo - SP

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Quem sabe nossos mui amados programadores musicais não possem responder a estas perguntas, hein, Daniela? Ou o critério da escolha das músicas será mais uma dessas caixas pretas impenetráveis do mundo da comunicação?

terça-feira, outubro 29, 2002

Marcos "Baby" Durães
Olá Marcos e amigos da Radiobase.
Um leitor ouvinte me mandou um e-mail perguntando por onde anda o locutor Marcos "Baby" Durães.
Se alguém poder me ajudar...
Grato,
Cássio Silvério
Curitiba-PR
'Na Geral' será transmitido da Loducca nesta terça

Prossseguindo com sua estratégia de aproximar ainda mais o veículo rádio das agências de pulicidades, os locutores Lelio Teixeira, Zé Paulo e Beto Hora, da Rádio Brasil 2000 (107,3 FM), estarão na sede da Loducca em São Paulo nesta terça-feira, dia 29, para apresentar o programa "Na Geral" ao vivo, entre 18h30 e 20h. O programa, que vai ao ar de segunda a sexta, já foi transmitido de outras agências.

Vale aqui um comentário: será que esta tática é eficiente, uma vez que o referido programa, embora seja líder de audiência da emissora e do seu horário, nada tem a ver com o perfil de programação da Brasil 2000 que é o pop rock, e não mesas redondas de futebol. (Marcos Ribeiro, com MM Online)

NBS vence Grand Prix de Rádio no Festival do Rio
Da MM Online
A NBS foi a vencedora do Grand Prix em rádio no Festival Internacional do Rio com o spot "Marchinha e Sambinha" criada para a operadora de telefonia móvel Oi. A peça satiriza a tecnologia usada pelas concorrentes através de melodias antigas. "Celular é coisa do passado, chegou Oi", diz a voz em off. A produção é da Nova Onda.
Nossa audiência média: passamos a marca dos mil visitantes por semana!!!!!!!

Tenho o enorme prazer de avisar que este blog chegou à marca de 1146 visitantes únicos na última semana. Muito obrigado e parabéns à todos nós.(Marcos Ribeiro)
Veja a lista completa aqui na Rádio Base

Leia a lista completa das 100 músicas mais tocadas das emissoras "pop" e as 100 executadas nas emissoras "populares" direto no editor de texto do seu computador clicando aqui.
Bom, nas urnas o povo já se mostrou um pouco mais aberto às novidades. Quando será que isso se refletirá nas paradas das músicas mais tocadas?

segunda-feira, outubro 28, 2002

As mais tocadas nas rádios pop
Saiba quais foram as músicas mais executadas nas emissoras pop de todo o país, entre os dias 22 de outubro e 29 de outubro, segundo pesquisa da Equipe Super Parada Brasil. Anote aí:

01 - Complicated - Avril Lavigne (BMG)
02 - Ragatanga (Asereje) - Rouge (Sony)
03 - A Thousand Miles - Vanessa Carlton (Universal)
04 - Quatro Vezes você - Capital inicial (Abril)
05 - Don't Get Me - Pink (BMG)
06 - Deixa eu gostar de você - Lora Zambon (Zan)
07 - Whereever you go - The Calling (BMG)
08 - A Little Less Conversation - Elvis Presley versão JXL (BMG)
09 - One Last Breath - Creed (Sony)
10 - O Calibre - Paralamas do Sucesso (Emi)
11 - Eletrical Storm - U2 (Universal)
12 - The Greatest Review - Silver Chair (EMI)
13 - Que nem maré - Jorge Vercillo (EMI)
14 - By the way - Red hot Chili Peppers (Warner)
15 - Dias iguais - Luiza Possi (Indie)
16 - Rebirth - Angra (Paradoxxx)
17 - The Zephir Song - Red Hot Chili Peppers (Warner)
18 - Alone - Lasgo (Universal)
19 - Everyday - Bon Jovi (Universal)
20 - À sua maneira - Capital Inicial (Abril)
21 - Carla - LS Jack (Indie)
22 - Stop crying your heart out - Oasis (Sony)
23 - In youe eyes - Kille Minogue (EMI)
24 - O chão que ela pisa - CPM 22 (Abril)
25 - Cada segundo - Maurício Manieri (Abril)
Se essa rádio fosse minha

Tendo espaço numa rádio, mesmo que por uma hora, eu gostaria de fazer entrevistas: chamar alguém não necessariamente famoso mas que tenha algo a dizer, e contar com participações dos ouvintes. Quanto à programação musical, o entrevistado e os ouvintes poderiam escolher, só deixando um tempinho para eu tocar alguma coisa que eu goste e que, principalmente, nunca toca em rádio nenhuma! Não parece muito diferente do que já existe, não é mesmo?

Ana Amelia
São Paulo - SP
P.S.: continuo dando parabéns ao blog!
Rose de Oliveira

Oi, Eduardo,
Em primeiro lugar, obrigada pela dica do "Cena de Cinema"da Ipanema FM de Porto Alegre, mas infelizmente essa fã de rádio não tem som nesse computador e o canal de TV que assino é a cabo (NET), mas agradeço assim mesmo.

Quanto à Rose de Oliveira, ela não saiu da rádio; seu programa (o que você participou) é que saiu do ar: Mas, como eu disse antes, a ela pouparam, graças a Deus. Só que agora, ela é apenas uma locutora a mais da rádio, sem programa, sem destaque. Aqui em São Paulo, ela costumava reunir os ouvintes que mais participavam do Sunset, 1 vez por mês numa pizzaria, para falar é claro.... de rock!
Voc não vai acreditar, mas eu me lembro muito bem de quando você participou do Sunset no quadro "Estudante Paga Meia", porque me impressionou o fato de você ser bem mais novo que eu, e ter apresentado músicas inéditas para mim dos Beatles. Foi, eu me lembro, uma grata surpresa. Então era você ? Que legal! Valeu!
Daniela Brusco
São Paulo
Dimenstein na Brasil 2000
Olá Marco e amigos da Rádio Base,
É claro que o papel do Gilberto Dimenstein não vai se limitar apenas a dar um prestígio maior a Brasil 2000 junto ao mercado publicitário. Um profissional conceituado como ele não iria entrar na canoa se não fosse possível desenvolver algum tipo de projeto. Porém, uma coisa sempre acaba levando a outra. Não se foi aqui no Rádio Base que eu li a informação de que a tabela publicitária da CBN é maior que a Globo. Qual a razão disso? Além do trabalho brilhante de seus profissionais, a a emissora tem grandes
estrelas nas quais ela ancora a sua imagem institucional. Entre eles, destacamos Arnaldo Jabor, Juca Kfouri, Carlos Heitor Cony, Herótodo Barbeiro, o próprio Dimenstein....nada mais natural.

Abraços
Rodney Brocanelli
O prefixo da Scalla FM

Olá amigos da Rádio Base,

Conforme prometido pesquisei o prefixo da Scalla FM aqui de São Paulo. Segundo informações de dentro da emissora, a música usada para o prefixo da rádio era:

Saint Preux - "Concerto para uma só voz".

Para quem quer adquirir o CD com a música, a gravadora é a CID, existem outras versões, uma orquestrada com Frank Pourcel também.
Aquela coisa toda,
Edu Parez
São Paulo
Agora que a loucura das eleições acabou, temos de ficar ligados na escolha dos ministérios! O que mais nos interessa é o das Comunicações; o próximo ministro pode, entre várias outras coisas, decidir sobre o destino das comunitárias! Assunto polêmico, hein!

domingo, outubro 27, 2002

Opa, opa, nosso chat está em funcionamento. O pessoal já começou a pintar por lá. É só clicar em baixo.
E continua a enquete!

Então, leitor Rádio Base, se você recebesse uma hora em uma rádio, com o microfone aberto e liberdade total de expressão, com o que você ocuparia esse horário? Vale qualquer coisa, tocar uma hora de polka sem intervalos comerciais, falar a escalação da seleção brasileira da década de 20, fazer denúncias políticas, etc. Qualquer coisa mesmo!
As melhores respostas ganham um incrível "muito obrigado e volte sempre"!
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Edu, nosso leitor ouvinte à beira do Rio Guaíba, esclarece:

Amigos da Rádio Base, mando mais algumas respostas aos amigos sobre dúvidas ou referências feitas à mim.

Fabiano, também eu tinha interesse em achar rádios via satélite mesmo, mas sempre que perguntei isso para revendedores de antenas parabólicas, a resposta é sempre "não". A única alternativa mesmo de pegar rádio por antena de TV é pelas operadoras pagas, como Sky (CBN, Globo, Gaúcha, Eldorado FM, Globo FM, Jovem Pan 2), Directv (Mix FM, Eldorado FM e AM) e Tecsat (pilhas de rádios, a maioria da região de São José dos Campos).

Rodney, o "Sala de Reação", versão feminina criada pela CBN Porto Alegre como contrastante ao lendário "Sala de Redação" da Gaúcha segue sim, sempre aos sábados 11:00 (gravado, não ao vivo), em 1340 AM.

Daniela, não que vá adiantar muito, mas uma boa sugestão que eu te dou neste quesito de um programa sobre cinema no rádio é o "Cena de Cinema", da Ipanema FM de Porto Alegre, aos sábados 12:00. Nele, o jornalista Renato Martins comenta as estréias do cinema na semana, troca figurinhas com os ouvintes que participam por e-mail, troca trilhas diversas do cinema (tanto músicas de filmes que estejam sendo lançados, quanto de filmes nacionais e internacionais clássicos), além de sempre tocar uma clássica trilha de filme em vinil puro. A rádio tá na Internet em www.ipanema.com.br E sobre sua sugestão da locutora Lúcia Maria da Eldorado, acho que posso tirar um tempinho sem problemas para ouví-la, a Eldorado FM tem na Sky, que é a TV paga que assino, com belo som estéreo. A Rose saiu da rádio, é? Puxa, me deixou chateado isso. Ouvi algumas vezes o programa que ela fazia no sábado à noite, o "Sunset", três horas só de rock'n'roll (até cheguei uma vez a participar do quadro "Estudante Paga Meia", ela me acordou 10:30 da manhã pra gravar comigo minha participação, e eu ainda com os olhos quase fechados, gravei com ela uma chamada para meia hora de Beatles. Muito bacana ela, além de uma voz muito bonita), realmente lamentável isso. E de certa forma, fico feliz que tenha rendido este meu assunto sobre as mulheres no rádio.

Ah sim! Logo mais, entraremos no domingo das eleições! Vamos cuidar como será a cobertura das emissoras, e comentarmos? Posso dar uma cuidada aqui nas rádios de Porto Alegre - seis delas farão a cobertura garantida: Gaúcha, Bandeirantes, Guaíba, Pampa, FM Cultura e CBN. Vejamos como será nos outros estados também.

E só pra fechar, fazer o registro de que neste domingo, a Rádio Bandeirantes de Porto Alegre, que por muitos anos foi a famosa Rádio Difusora antes de ser comprada nos anos 70 pela Rede Bandeirantes, completa 68 anos de existência. O aniversário foi marcado com a disputa no clássico Grenal do Campeonato Brasileiro, da Taça Rádio Bandeirantes 68 Anos, entregue ao vencedor do jogo, o Grêmio que venceu por 1 x 0.

Abraços à todos, e saudações radiofônicas!
Eduardo de Oliveira Cesar
Porto Alegre - RS

sábado, outubro 26, 2002

Moçada, nossos amigos leitores estão reunidos no chat da Rádio Base nesse exato momento, até altas horas. É só clicar aí em baixo.
60 minutos para a Daniela
O que faria com uma hora no ar de uma emissora de rádio? Rádio para mim é entretenimento. Faria algo que sempre quis ouvir e que acho, nunca ninguém fez. Transportaria o cinema para as ondas do rádio. Produziria um programa somente com trilhas sonoras de filmes, com comentários, dicas e curiosidades da sétima arte. E se tivesse grana, com participação de Rubens Ewald Filho, o grande mago conhecedor de filmes.

Daniela Brusco
São Pauilo - SP

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A Rádio Cultura FM tem um programa muito bom sobre trilha sonora de cinema, produzido por Nivaldo Ferraz chamado "Chiaroescuro". procure no site da emissora a data e horário correto, ok?
Um estudo sobre as notícias do rádio na era da internet
Clique aqui e leia direto no Word de seu PC um interessante estudo sobre o noticiário radiofônico na era da rede mundial de computadores , elaborado por Raquel Porto Alegre, mestranda em comunicação da universidade Federal da Bahia.
Especial de Chorinhos na Rádio Matraca
Clique aqui e ouça AGORA o especial de Chorinhos da Rádio Matraca da Rádio USP FM.. Até às 18h.
As mudanças na Brasil 2000 FM e a legalidade dos projetos
Olá Marco e amigos da Rádio Base

Estive lendo sobre as mudanças na Brasil 2000. A contratação de Gilberto Dimenstein é uma forma de trazer uma credibilidade maior à emissora junto ao mercado publicitário. Aposto nisso sem medo de errar. Mais do que ditar as diretrizes, seu nome e prestígio será utilizado como uma forma de "vender" melhor a marca da rádio junto ao meio publicitário. Dimenstein é um jornalista competente, que tem um ótimo trânsito a vários setores da sociedade, principalmente nos últimos anos quando começou a desenvolver trabalhos ligados à cidadania.

Esse processo começou quando o "Na Geral" passou a ser intinerante, sendo apresentado de auditórios da faculdades e empresas de propaganda e publicidade. A contratação de Marcelo Tas (atenção coleguinhas de plantão: Tas se escreve com um "esse" só) vai nessa mesma linha. Se a programação musical vai mudar para melhor ou continuar do jeito que está, ainda não dá para saber. Vale lembrar que a cúpula que toca o dia-a-dia da Brasil 2000 continua a mesma, com apenas mais um reforço. Aliás, parece que a emissora gosta de que o departamento artístico seja comandada por duplas. Não podemos nos esquecer da dobradinha Roberto
Maia-Tatola, que comandou a rádio por muitos anos.

Acho que o bicho vai pegar um pouco na parte do jornalismo. Essa idéia de se usar alunos da rede pública do ensino público e de elite pode causar alguns problemas junto ao Sindicato dos Jornalistas, mas é outro ponto para o qual deve-se dar tempo ao tempo.
E para encerrar, acho que coisas como "E só agora posso noticiar, pois antes eu sabia mas não era oficial" não deveriam fazer parte de textos jornalisticos. O bom e velho Manual de Redação da Folha de S. Paulo recomenda aos profissionais que lá trabalham a publicar tudo o que sabem. O interesse do leitor-ouvinte deve estar em primeiro lugar, antes de mais nada.

Abraços
Rodney Brocanelli
São Paulo - SP

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Acho pouco provável que Gilberto Dimenstein tenha entrado nesse projeto apenas para "' vender' melhor a marca da rádio junto ao meio publicitário". Pelo que me consta, ele é um dos jornalistas mais sérios deste país, não uma celebridade instantânea da mídia como há muitos por aí.

As idéias são interessantes. Porém, estou curioso para saber o que os sindicatos dos jornalistas e dos radialistas pensam do projeto da Gazeta e da Brasil 2000, que pretendem usar alunos do segundo grau e universitários que, segundo as leis vigentes, não estão autorizadas a exercer funções técnicas e jornalísticas em emissoras de rádio, sem o devido registro do diploma de graduação. Nem sabemos ao menos se os participantes serão remunerados por seu trabalho. O que as duas instituições de ensino querem fazer é legal? Será que alguém pensou nisso?
Projetos universitários e os 60 minutos
Olá amigos da Rádio base,

Que boas novas leio nesse blog! Enfim a Gazeta AM volta a transmitir uma programação menos alienante do que a atual a partir de 1º de janeiro. Pelo pouco que foi transmitido no ínicio do ano, percebi que tinha futuro, a seleção musical estava muito boa. Espero que tenham sucesso e que dessa vez a volta seja definitiva.

Quanto ao enquête “O que você faria se tivesse 60 minutos no rádio por um dia?”, penso que seria ótimo transmitir uma longa sessão de polca, como o sugerido. Mas tenho outra idéia: apesar de nada apelativo, gostaria de ler alguns poucos artigos da nossa
Constituição Federal para o nosso povo e tentar explicar o quanto somos poderosos. Convocaria o povo para mudarmos, de fato, esse nosso país. Tudo isso, é claro, embalado com alguns sucessos de nossa MPB, como Chico Buarque e Gonzaguinha. Executaria, ao término do programa, uma homenagem ao nosso quase esquecido Heitor Villa Lobos, quando entraria uma de suas bachianas. É isso.

Alessandro Pereira
Jundiaí/SP

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No tempo em que a Transamérica era uma rádio com uma boa qualidade musical, lá pelos meados dos anos 80, havia um programa chamado "Se essa rádio fosse minha". Toda semana, um cantor convidado fazia um programa de sessenta minutos tocando só aquilo que ele gostava de ouvir. SEM RESTRIÇÕES. Lobão, Titãs, Paralamas, Kiko Zambianchi, Ultraje à Rigor e outros hitmakers da época participaram. Um programa saiu melhor do que o outro. Será que é por isso que acabaram com ele?
Voz misteriosa do Garagem
Saiba que famoso apresentador de televisão é a voz misteriosa da vinheta de abertura do Garagem, clicando aqui.
Kizumba número 50!!!
Olá!
Essa nota chega para agradecê-lo pela audiência por todo esse tempo em que estamos no ar pela Radioficina! Nesse sábado, o primeiro programa de humor à ser transmitido ao vivo pela internet brasileira chega à incrível marca da edição de número 50.
Esperamos você no chat para a comemoração, ok? Sábado, à partir das 14h, em www.radioficina.com.br acontece a edição de número 50 do programa Kizumba Net.
Até lá!
Marcos Henrique Lauro
kizumbanet@ieg.com.br
http://www.kizumbanet.hpg.com.br
Produção Kizumba Net
Vozes femininas no rádio

Caro Eduardo de Oliveira César. Se quiser ouvir uma das mais belas vozes femininas do rádio paulista, sintonize a Eldorado FM 92,9 ou AM 700, das 6 as 9 e 30 da manhã. Trata-se da Lucia Maria. A apresentadora do Jornal Eldorado. Aliás, a Eldorado prima por manter em sua programação locutoras de primeira grandeza. Outro nome de peso é Rose de Oliveira, que antes comandava um vibrante programa de rock aos sábados à noite, com intensa participação dos ouvintes, mas que na última "limpeza" que a Eldorado fez no seu staff, seu programa foi "decepado" da programação. Por sorte, pouparam-na, só que ela foi, literalmente, "jogada" para os sábados e domingos de manhã. Sua bela voz também pode ser ouvida no horário político, nos programas de campanha eleitoral.

Existem muitas locutoras com belas vozes no rádio paulista. É pena que todas (por exigência talvez das emissoras), disparam como metralhadoras, como se fossem tirar o pai, a mãe, o filho, periquito e papagaio da forca. É até uma curiosidade minha. Atenção locutores de plantão. Por que locutor aposta corrida pra ver quem fala mais rápido?

Daniela Brusco
São Paulo - SP

Caro Marco e amigos da Rádio Base

Esse tema "mulheres no rádio" é tão amplo que renderia debates até 8 de março que é o Dia Internacional da Mulher. Nosso considerado Eduardo Cesar lembrou de grandes profissionais do sexo feminino. Quero fazer uma referência a outros grandes nomes como Erci Ayala, Xênia Bier (que apresentaram programas de grande repercussão na Globo AM), Regiane Ritter (heroína da Rádio Gazeta, sendo até repórter esportiva), Ana Maria Penteado (em atividade na Jovem Pan), Fabiana Ferraz e Marcela
Castañon (a dupla dinâmica que apresentava o genial Clube das Mulheres, na Brasil 2000), Branca Amaral (ex-Bandeirantes), Virgina de Moraes (que por muitos anos foi a voz padrão da USP FM)... São tantos que imagino cometer injustiças por causa do esquecimento.

Antes de encerrar queria só acrescentar mais duas coisas:
-Alguém aí lembra da Miriam Lane, ex-locutora da Jovem Pan 2, que foi vítima da violência urbana pausliatana, em 1983?
-Ia me esquecendo da equipe esportiva da Rádio Mulher que transmitiu futebol.
no início da década de 70. Alguém aí lembra também disso? Será que seria uma utopia desejar que exista alguma fita com resgistros de alguma transmissão? Por onde andaria a Jurema Yara, uma das integrantes dessa equipe da Mulher.
Não tenho certeza, mas acho que a Claudete Troiano, que hoje apresenta o "Note e Anote", na Record, era uma das narradoras.

Para encerrar de vez, uma pergunta ao Eduardo Cesar: sei que a CBN de Porto Alegre lançou uma "versão feminina" do Sala de Redação. Esse programa continua no ar?

Abraços
Rodney Brocanelli
São Paulo - SP
Hoje na Rádio Revista Capital

Na "Revista Capital" do sábado, dia 26, traz entrevistas sobre assuntos pertinentes, sugestões de lazer e música. Ouça no sábado, das 14h às 15h nos 1040 kHz da rádio Capital ou pela internet: www.radiocapital.am.br

NUTRIÇÃO - Denise Madi Carreiro, especialista em nutrição clínica, ensina a importância do processo alimentar na prevenção de doenças.
SAÚDE - Marcelo Lima, diretor médico da Apotex, ressalta como escolher os genéricos.
CORPO - Marcello Pedreira, Diretor - Médico da Medley S/A Indústria Farmacêutica e responsável pelo Programa Pesus, mostra como funciona a perda de peso sustentável.
LEITURA - Lelington Lobo Franco, autor do livro 50 sucos medicinais campeões de saúde, informa sobre nutrientes de frutas e outros ingredientes de alguns sucos.
SEXO - Carolina Ribeiro, psicoterapeuta e sexóloga, responde à pergunta se faz mal não transar.
BELEZA - Marcos Rothenberg, do IO - Personal Care for Men, fala sobre vaidade masculina.
RECEITA - O premiadíssimo Luís Francisco Conceição, chefe de cozinha do Novotel Center Norte, ensina receita light e saudável usando frango, aipo e cenoura.

Magaly Prado
programa "Revista Capital" (sábados,14h às 15h) nos 1040 khz
ou pela internet, clique no "ao vivo" do site abaixo:
http://www.radiocapital.am.br
Rádios digitais via satélite
Olá pessoal da Rádio Base,

Eu vi a página de vocês e gostei. Queria tirar uma dúvida: existe onde posso encontrar um lugar que diga as frequências e os canais via satélite de rádio em sistema digital? Eu tenho um receptor digital e queria pegar estas emissoras direto do satélite. Vocês poderiam me informar onde encontrar ou vocês mesmos mandarem esta relação?
Obs.: Meu receptor está com a antena apontada para os três Brasilsat (b1,b2,b3)

Fabiano Bonfim
Barretos - SP

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Olha Fábio, pelo que me consta, não há nenhuma emissora de rádio digital transmitindo via satélite. A Bandeirantes, a Transamérica, a Jovem Pan e outras redes informam que transmitem em sinal digital via satélite. Só que o sinal é codificado e só chega às suas afiliadas. Você já deve ter fuçado de cabo a rabo o seu receptor, certo? Se não encontrou, vai ver que não existe mesmo. Em todo o caso, tente ver o que diz o website da Anatel. Pode ser que lá você encontre o que você precisa. Um abraço e continue na sintonia, ok?
Meus 60 minutos de rádio - Eduardo Oliveira César
Marcos, esta tua enquete é muito boa mesmo! Esta sim, se eu passar pros meus amigos, terá resposta, hehehe!!!!

Em 60 minutos, tentaria fazer um programa super diversificado, com informação - manchetes noticiosas do dia em todo o país e no mundo; destaques esportivos - as manchetes dos times de futebol e dos esportes olímpicos; cultura - dicas de shows, teatro e cinema; interatividade - espaço totalmente livre para opiniões dos ouvintes sobre os temas da hora; e um pouco de seleção musical eclética, misturando tudo que me desse na telha. Não preciso nem dizer qual seria o nome do programa: "Tudo de Tudo".

Abraços,
Eduardo de Oliveira Cesar
Porto Alegre - RS
Enquete para nossos ouvintes-leitores
Amigos do rádio,

Segue aí a primeira resposta da enquete que fiz com meus amigos, mas que poucos responderam. De qualquer maneira, falei pra todos que quem respondesse eu ia mandar a resposta pra vocês, então estou fazendo isso.

Abraços,
Eduardo de Oliveira Cesar
Porto Alegre - RS

1) NOME COMPLETO, CIDADE E ESTADO (OU PAÍS, SE FOR DE FORA).
Matheus S. Oliveira, Santiago-RS

2) QUANTO TEMPO POR DIA COSTUMA OUVIR DE RÁDIO?
30 min.

3) QUAL SEU GÊNERO FAVORITO DE PROGRAMA?
A) Musical*
B) Jornalismo
C) Esporte
D) Popular

4) QUAL SEU PROGRAMA FAVORITO, E POR QUÊ?
Musical, porque é o que mais chama atenção, e rádio FM daqui da cidade só tem
isso de bom

5) QUAL O PIOR PROGRAMA PARA VOCÊ, E POR QUÊ?
Religioso, porque é muito chato e também de entrevista porque esses não têm muito apelo público mesmo.

6) QUAL SEU PROGRAMA MUSICAL FAVORITO, E POR QUÊ?
"Pijama Show" (Rede Atlântida), porque é engraçado e tem músicas também.

7) QUAL O PIOR PROGRAMA MUSICAL?
De sertanejo e pagode

8) QUAL SEU PROGRAMA DE NOTÍCIAS FAVORITO, E POR QUÊ?
Nenhum

9) QUAL O PIOR PROGRAMA DE NOTÍCIAS?
Nenhum também, eu não escuto na rádio esse tipo de programa.

10) QUAL SEU PROGRAMA DE ESPORTES FAVORITO, E POR QUÊ?
A jornada esportiva, porque é a hora do INTER jogar.

11) QUAL O PIOR PROGRAMA DE ESPORTES?
Não lembro.

12) QUAL SEU COMUNICADOR FAVORITO?
Não sei o nome, mas é o da Gaúcha, um deles.

13) QUAL O PIOR COMUNICADOR?
Não sei.

14) QUAL SEU JORNALISTA PREFERIDO?
O..., bah cara, assim de nome é brabo.

15) QUAL O PIOR JORNALISTA?
Também não sei de nome e também não tem pior ou melhor.

16) QUAL O MELHOR REPÓRTER JORNALÍSTICO?
...

17) QUAL O PIOR REPÓRTER JORNALÍSTICO?
...

18) QUAL SEU NARRADOR ESPORTIVO FAVORITO?
...

19) QUAL O PIOR NARRADOR ESPORTIVO?
...

20) QUAL SEU COMENTARISTA ESPORTIVO FAVORITO?
O Wianey Carlet (Rádio Gaúcha)

21) QUAL O PIOR COMENTARISTA ESPORTIVO?
é o Hiltor Mombach (Rádio Guaíba), porque o cara é gremista véio, tá na cara.

22) QUAL SEU REPÓRTER ESPORTIVO FAVORITO?
...

23) QUAL O PIOR REPÓRTER ESPORTIVO?
...

24) QUAL O MELHOR APRESENTADOR ESPORTIVO OU PLANTÃO?
...

25) QUAL O PIOR APRESENTADOR ESPORTIVO OU PLANTÃO?
...

26) QUAL A SUA EMISSORA FAVORITA DE RÁDIO, E POR QUÊ?
Gaúcha, porque é que melhor sintoniza aqui.

27) QUAL A PIOR EMISSORA DE RÁDIO, E POR QUÊ?
A rádio Cultura da minha cidade, porque é muito tosca.

28) O RÁDIO, PARA VOCÊ, É UM MEIO DE COMUNICAÇÃO OU DE IMPOSIÇÃO?
De comunicação, porque ninguém é obrigado a ouvir.

29) VOCÊ ASSIMILA UMA MÚSICA TOCADA NO RÁDIO NA PRIMEIRA VEZ QUE A OUVE, OU APÓS INÚMERAS EXECUÇÕES?
Só após ouvir muitas vezes.

30) SE VOCÊ TIVESSE UMA EMISSORA DE RÁDIO, TOCARIA MÚSICAS COM MAIS DE 5
MINUTOS DE DURAÇÃO? SIM? NÃO? POR QUÊ?
Não, porque isso cansa o cara.

31) O QUÊ VOCÊ ACHA DO FUTEBOL SER TRANSMITIDO EM AM E FM DE FORMA SIMULTÂNEA?
Não entendi.

32) VOCÊ PROCURA PARTICIPAR ATIVAMENTE DA RÁDIO QUE OUVE, MANDANDO E-MAILS COM SUGESTÕES, CRÍTICAS, ETC.?
Não.

33) QUAL O PERFIL IDEAL PARA UMA EMISSORA DE RÁDIO TER 100% A SUA CARA?
Ter programas só de música e de futebol.

34) VOCÊ COSTUMA OUVIR EMISSORAS QUE NÃO DE SUA CIDADE VIA INTERNET?
Não.

35) VOCÊ COSTUMA OUVIR RÁDIO POR ONDAS CURTAS?
Nem sei o que é isso.. hehe

36) QUAL PROGRAMA DE RÁDIO VOCÊ MAIS SENTE FALTA, DOS QUE NÃO ESTEJAM NO AR HOJE?
...

37) DEFINA EM PALAVRAS O QUE VOCÊ ACHA DO RÁDIO EM GERAL.
As rádios que eu conheço são boas em geral, recebem nota 8 de mim.
TV BASE - Um novo blog sobre TV

Oi, pessoal da Rádio Base,
Eu convoco vocês e os internautas deste diário a acessarem o meu blog que fala sobre TV:
http://tvbase.blig.ig.com.br. Espero que vocês, internautas, dêem opiniões sobre o que está acontecendo na TV, sobre os programas de TV, o que tem de melhorar na TV, enfim... mandem-me mensagens sobre este blog e sobre a TV. Meu e-mail para estes assuntos é:
andreluisalvesdeamorim@ubbi.com.br

Abraços radiofônicos de:
André Luis Alves de Amorim,
Penha Circular,
Rio de Janeiro - RJ

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Oba!!!!!!! Parabéns pela iniciativa, André. Tomara que outros blogs com a grife "Base" apareçam por aí. Abraços televisivos.
Programa Manhã na Globo restaura horário de debates da Globo AM

A Rádio Globo AM voltará a promover debates, com personalidades cariocas. Nos mesmos moldes do extinto Debates Populares, quadro que encerrava o inesquecível programa Haroldo de Andrade. O novo programa de debates será comandado pelo comunicador Loureiro Neto, que tem experiência no ramo. Por diversas vezes, ele comandou magistralmente os Debates Populares, quando Haroldo de Andrade entrava de férias ou ficava doente. Agora, Loureiro Neto será o mediador fixo do horário.

O principal motivo da volta dos debates à Rádio Globo é a liderança de audiência que o horário de debates do programa Roberto Canázio (Tupi AM 1280) conquistou, antes mesmo do fim do programa Haroldo de Andrade. A liderança da Tupi AM aumentou ainda mais, depois da criação do "Manhã na Globo", que não tinha debates. A tendência é que os novos debates da Globo comecem juntamente com os da Tupi, mais ou menos às 10h30min. (Tributo ao Rádio do Rio de Janeiro)
Muito metal na nova versão do programa Guitarras, da Fluminense FM
Do website Tributo ao Rádio do Rio de Janeiro

Ao que tudo indica, a cúpula da reinaugurada Fluminense FM está satisfeita com o sucesso dos três primeiros meses da nova versão da Maldita em FM. Tanto que decidiu pôr no ar, a partir do próximo mês, uma nova versão de um programa de heavy metal que fez história.

O programa Guitarras foi ao ar pela primeira vez na Fluminense FM, na fase de 1982-85. Seu primeiro produtor era um jovem ouvinte (tinha uns 17 anos), novato em rádio, mas profundo conhecedor de heavy metal. Seu nome era Paulo Sisino, e como seus trajes contrastavam com os da equipe da Maldita, ganhou imediatamente o apelido "Heavy", assim que chegou à rádio.

Foi o próprio diretor da rádio, Luiz Antonio Mello, quem convidou Sisino para trabalhar na rádio e produzir o programa. O nome do programa na época era "Guitarras para o povo", que era simplesmente o grito de guerra que Maurício Valladares berrou pelo telefone para Luiz Antonio, na fase pré-histórica da Flu FM. O programa aumentou bastante a audiência de seu horário, sábados e domingos, 12 a 13h.

Agora, a cúpula da Fluminense chamou outro produtor, para produzir o programa, cuja versão 2002 ganhou o nome abreviado Guitarras. Segundo fontes seguras, o produtor é um estudioso do heavy metal e de outros sons pesados. Ele planeja programar até mesmo death metal e black metal, dois dos mais alternativos segmentos musicais do mundo do metal. Os riffs de guitarra que foram colocados na chamada do programa (já no ar) são de death e black metal. A tendência é que o programa seja semanal, e que vá ao ar no horário noturno, em um dia de semana.

Quem gosta de heavy metal deve ouvir e participar do programa, desde o primeiro dia. É só acompanhar a Fluminense FM.

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Guitarras para o povo carioca!!!!!
Pessoal, vão rezando aí que, se tudo der certo ( e ninguém secar) vamos colocar em breve um chat aqui na Rádio Base.
Ainda na coluna da Magali Prado

Nesta semana, na coluna da nossa colega Magali Prado, na Folha On Line, uma leitora-ouvinte chamada Carla Maria Silva queixou-se da programação da Nova FM:"A Nova Brasil é uma maravilha de rádio, é tudo o que nós precisamos, mas só tem um problema, ela repete muito as músicas. Todos os dias das 9h às 18h mais ou menos, eu e mais umas vinte pessoas ouvimos a rádio, mas já estamos enjoando das mesmas músicas. Parece que o CD só tem uma música do Djavan, por exemplo. Sempre tocam as mesmas músicas. Se a rádio tem um CD do Djavan, toque todas as músicas, Quando fazem uma seleção, repetem as músicas".

Ainda bem que esta ouvinte e seus amigos escreveram para outro site. Isto é só para mostrar que nossos leitores não são implicantes nem fazem críticas à toa. Se nós reclamamos e o pessoal que escreveu para a Magaly também, é sinal que deve ter muito mais gente insatisfeita e que não se manifesta. Certamente se encheram e mudaram para a concorrência (quem sabe para a Rádio USP?). Alô, pessoal da Nova FM, vamos acordar e melhorar essa programação de MPB, meus queridos!!!!!
Brasil 2000 vira uma radioescola

A rádio Brasil 2000 FM, de São Paulo, será voltada à educação, mas não a educação como conhecemos, a educação do cotidiano. É o que diz Gilberto Dimenstein. O jornalista é o presidente do conselho que vai dar as diretrizes da rádio Brasil 2000. Alterações nos cargos de chefia também aconteceram nos últimos dias. E só agora posso noticiar, pois antes eu sabia mas não era oficial.

Lélio Teixeira, o diretor geral da emissora, ganhou reforço do Pastor (Ex-89 FM), na coordenação artística. O estilo da programação não muda, continua segmentada em rock, no "bom rock", como reforça Dimenstein. No noticiário, a rádio será uma extensão do processo educacional. Haverá participação de alunos de escolas de elite e das públicas na captação de notícias que vão ao ar, como forma de complemento do ensino médio. "O interesse é uma rádio superpreocupada com o jornalismo", complementa Dimenstein.

A primeira mudança começa com Marcelo Tass, que possui experiências comunitárias, segundo Dimenstein. Ele estréia dia 11, o "Blog do -Tas", das 9h às 11h. (release abaixo, pois ainda não falei com o apresentador). Dimenstein ressalta que a rádio será mais sofisticada musicalmente e afirma que "o ibope não é prioridade." Mas claro que se preocupa com a audiência, emenda.

Já preparam o lançamento de um evento chamado "Sábado Rock", que acontecerá em uma praça da Vila Madalena, onde fica o Café Aprendiz, local do lançamento em 5 de novembro do novo formato da rádio. "Lá os músicos poderão tocar seus CDs". O projeto em elaboração "Incubadora de Gênios Musicais" vai procurar talentos. Quem irá administrar voluntariamente é o Aprendiz, do qual Dimenstein é coordenador pedagógico.(Magali Prado)

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Oba, duas boas notícias para terminar (ou começar) a semana. Finalmente as emissoras educativas começam a se preocupar em oferecer algo mais para os ouvintes. Como sempre dissemos aqui, altos índices de audiência a qualquer preço e altos faturamentos comerciais não são tudo no rádio. É preciso se preocupar com o conteúdo também. Parabéns aos idealizadores dessas iniciativas.

PS: Só espero que no caso da Gazeta eles retomem o projeto com uma equipe mais, digamos, "profissional". Afinal, os meninos precisam de técnicos experientes para ensiná-los e ajudá-los a tocar o projeto. Se isso gerar mais alguns empregos para nossos amigos radialistas melhor ainda. Aí sim o projeto estará bem alicerçado.
A Gazeta AM volta ao comando dos alunos
Magali Prado
Da Folha Online

A Gazeta voltará a ser (e, desta vez, em caráter definitivo) Rádio Gazeta AM Universitária a partir de 1º de janeiro. Beto Rivera, Pedro Vaz e Sérgio Rizzo começarão a discutir em detalhes a programação na próxima semana. Noticiei nesta coluna e no jornal Agora em maio, que a Gazeta AM havia deixado de ser dos evangélicos e passava ao comando dos alunos da Cásper Líbero. Só que durou alguns poucos meses e os religiosos tomaram novamente a rádio. Na ocasião, Beto Rivera garantiu que estavam tentando retomar a rádio para devolvê-la aos alunos.

"Em princípio, manteremos o eixo cidadania-cultura-educação-esporte, com MPB, jornalismo e variedades, 24 horas no ar", diz o professor Sérgio Rizzo, coordenador de Rádio-TV, da Faculdade Cásper Líbero. A programação será feita pelos alunos dos cursos de Rádio e TV e de Jornalismo, com a colaboração, em outras áreas da emissora, dos alunos de Relações Públicas e Publicidade e Propaganda, segundo Rizzo.

"Será aberto espaço também para a veiculação de programas produzidos por cursos de Comunicação Social de todo o país. A primeira iniciativa nesse sentido, em comemoração ao 80º aniversário de instalação da primeira emissora brasileira, em 2003, já foi lançada", diz Rizzo. (leia mais informações no site do curso de RTV, www.facasper.com.br/radioetv )

"Nosso maior desafio será o de manter viva a chama do experimentalismo no rádio, investindo em gêneros, formatos e temas aos quais as emissoras comerciais, submetidas à lógica impiedosa do mercado, não têm dado atenção", completa Sérgio Rizzo.
E vamos à enquete

Então, leitor Rádio Base, se você recebesse uma hora em uma rádio, com o microfone aberto e liberdade total de expressão, com o que você ocuparia esse horário? Vale qualquer coisa, tocar uma hora de polka sem intervalos comerciais, falar a escalação da seleção brasileira da década de 20, fazer denúncias políticas, etc. Qualquer coisa mesmo!
As melhores respostas ganham um incrível "muito obrigado e volte sempre"!
Aguardamos seu e-mail.

sexta-feira, outubro 25, 2002

E por falar em enquete, vou colocar amanhã uma nova enquete no ar... acho que teremos respostas interessantes.
Vamos testar a criatividade do leitor da Rádio Base!

quinta-feira, outubro 24, 2002

Vários assuntos para ler e pensar
Caros colegas da Rádio Base,

Fiquei diversas semanas sem mandar mensagens pra vocês sobre o rádio, por problemas mil. Mas nunca deixei de acessar o blog, sempre lendo suas discussões sobre o rádio. Queria aproveitar, e comentar 3 coisas:

1) O quê vocês acharam das mudanças na grade da Rede CBN? Sobre a mudança no "CBN Total", gostei e não gostei. Gostei do sentido nacional agora ficar mais amplo, já que São Paulo também fica plugada na rede todo o programa, e não só mais no "Repórter CBN" e plantões. Não gostei foi de terem tirado o Marco Aurélio do programa, gostava muito de acompanhá-lo na tarde, o "CBN Total" é um programa que se associa a ele. Não que o Adalberto Piotto seja ruim, muito longe disso! Acho que o Adalberto é um apresentador muito bom também. Mas fará falta o Marco na CBN.

Tá, eu posso pegar a Rádio Globo, por exemplo, pela TV paga Sky, que eu assino. Mas ainda assim, não sei se será a mesma coisa. Aliás, eu tava vendo que no site da Rádio Globo (www.radioglobo.com.br) colocaram uma interessante mini biografia do Marco, e pra minha surpresa, descobri que ele é deficiente visual, pois só enxerga com 10% do olho direito e não enxerga com o esquerdo. Isso mostra que ele é realmente um sujeito apaixonado pelo rádio, superando dificuldades físicas pessoais em prol de uma paixão, isso é bonito. Aliás, falei com ele muitas vezes, quando ele comandava o "Intervalo Interativo" do futebol da CBN (era ele que atendia os ouvintes, pois ele só entrava no intervalo mesmo), gente super fina.

Mas voltando às mudanças na CBN, acho que tá certa a Maria Lydia de reclamar que a emissora diminuiu o espaço para as mulheres na grade da emissora, pois hoje só segue de apresentadora a Roxane Ré, no ingrato horário noturno. Não que eu quisesse que a Maria apresentasse o "CBN Total" em rede - se fosse em dupla com o Marco, até ficaria interessantíssimo, acho (pensando bem, como é que a CBN não pensou nisso, né?). Mas é uma profissional muito boa, fará falta na emissora também.

Aliás, o próprio rádio jornalismo daí de São Paulo ressente-se de mulheres no comando dos programas, né? Se eu lembrar direitinho (acrescentem algo se eu não me lembrar), tem a Roxane na CBN, a Silvânia Alves na Bandeirantes e a Hilda Costa na Jovem Pan, e deu. Um programa que eu gostava de acompanhar - na época, por ondas curtas, pois não tinha ainda computador - era o "Manhã Bandeirantes" quando feito pela hoje global Monalisa Perroni. Ela era excelente no programa, uma presença marcante. Depois, saiu ela, entrou a Cláudia Matarazzo, meio deslocada na minha opinião, mas ainda legal de ouvir. Aí, veio a Silvânia Alves com o Anderson Affonso, e hoje taí o José Nello Marques. Só citando o exemplo dum programa que era apresentado por uma mulher, e eu gostava de ouvir. Ah sim, e também era legal de ouvir por volta do ano 2000 o "Show da Madrugada" da Hilda Costa da Pan pela Pampa de Porto Alegre (antes do nefando Nelson Marconi assumir o horário).

Aqui mesmo, o rádio gaúcho também não tem muitos privilégios em matéria de mulheres apresentadoras. A Gaúcha e a Guaíba, as mais conhecidas, não tem apresentadoras femininas. A Bandeirantes também não tem apresentadoras femininas, se não levarmos em conta o fato da Alexandra Fiori fazer de sábado em sábado o "Primeira Hora Local" e o "Jornal do Sábado". A Pampa então, que faz 24 horas de esporte, esquece. Se eu não estiver redondamente enganado, a única apresentadora mesmo que hoje há no rádio jornalismo gaúcho é a Eliana Camejo, que faz o "CBN Medicina" na CBN pela tarde.

Enfim, acho que essa verdadeira tese que coloquei sobre a falta de mulheres no rádio resume bem o quanto acho que fazem falta mais vozes fêmeas no rádio, tanto o paulista quanto o gaúcho - e mesmo brasileiro, porque não dizer?

2) Respondendo ao Hamilton sobre o Kajuru não estar mais na Rádio K, é só ele pegar algumas páginas anteriores do blog, e pegar quando da postagem da matéria que noticiou que o Jorge largou de mão sua própria emissora por estar cansado (de saco torrado, num português bem claro) das interferências do governador Marconi Perillo em sua emissora. Hoje, o Kajuru só tá na TV Cultura, fazendo dois programas de esporte - que, aliás, estão proibidos de passarem em Goiás pela TV Brasil Central, a TVE goiana, por ordem de quem? Ganha um doce quem acertar.

3) Quarta passada, a Rádio Bandeirantes de São Paulo fez uma divisão no seu prefixo de AM e FM para transmitir o debate entre Alckmin e Genoíno e o clássico São Paulo x Santos. Podem me chamar de maluco, mas acho que eles escolheram errados os prefixos para transmitirem. O debate político, por ser de nível estritamente regional, deveria ter sido na faixa de FM, que só pega na Baixada Santista e cidade de São Paulo. E o jogo deveria ter sido no AM, cujo som também é propagado pelo satélite, pelas ondas curtas e pela Internet. No entanto, parece que eles preferiram pensar que a cidade de Santos pega melhor a Bandeirantes pelo FM, e por isso transmitiram lá o jogo. Porém, o resto do país que acessa a Bandeirantes pelo Bandsat (não era caso aqui de Porto Alegre neste dia específico), ondas curtas e Internet, não podia ouvir o José Silvério narrando os gols de Ricardinho e Diego, e ouvia o José Paulo de Andrade dando direito de resposta ao Alckmin e ao Genoíno.

Só pra fechar, eu mandei pra todos os meus amigos uma pequena enquete de 37 perguntas sobre o que cada pessoa acha do rádio, e coisa e tal (me inspirei na enquete da Daniela Brusco). Infelizmente, só 5 pessoas responderam-a. De qualquer maneira, mandarei mais adiante as respostas que me chegaram, pra vocês publicarem no Blog.

Abraços, e parabéns pelo ótimo blog de sempre,
Eduardo de Oliveira Cesar
Porto Alegre - RS

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Não, Eduardo, a Bandeirantes não errou. Como o debate é de 2 candidatos a governador, eles escolheram justamente o AM porque esta faixa vai para todo o Estado à noite. Além do mais o que é mais importante? Ouvir as idéias de duas pessoas que pleiteiam governar o estado onde você mora nos próximos 4 anos ou um mero espetáculo esportivo?

Você tem de se lembrar que a prioridade da emissora é seu público local. No caso, ouvintes e eleitores do estado de São Paulo. Suponho que tenha prevalecido aí, no entender da direção da emissora, o que é mais importante para seu ouvinte. Ponto para a Bandeirantes.

Você está vendo como esse negócio de transmitir via satélite ainda tem muito o que ser discutido? E se a sede da Bandeirantes fosse aí em Porto Alegre? Teríamos o direito de achar ruim caso eles transmitissem um debate de candidatos ao governo do Rio Grande do Sul, em detrimento de um jogo do Grêmio ou do Internacional? Não é tão simples assim, né?
Ouça a Rádio Muda pela Rádio Base

Aqui temos rádios para todos os estilos. Clique aqui e ouça a rádio livre Muda FM, do pessoal da Unicamp de Campinas. Tenha o Realplayer ou winamp instalado.

Pra não ficar um negócio meio desamarrado resolvi copiar a história da rádio do site deles.

Um breve histórico da Rádio Muda

Osmar Coelho (1994)

Montar uma rádio livre que tocasse uma música diferente das rádios comerciais e que de quebra fosse um meio de comunicação entre alunos. Pois é, essa idéia não é nova na Unicamp. Pelo contrário é bem antiga e remonta a década de 60. Contudo ela só veio a tomar forma em 1986 quando um grupo de mais ou menos 40 pessoas se orazanizaram em torno de um transmissor de 3w construido por um cara da física e montaram um estúdio onde hoje é a livraria do básico.

Tudo pronto e ai ... o transmissor pifou, como o cara que tinha construido tinha ido para o Japão ele continuou pifado até 1991, quando alguém remexendo o depósito do DCE descobriu o mesmo e reacendeu aquela velha idéia. No princípio, somente 3 pessoas estavam envolvidas, a bem da verdade, com um transmissor que mal levava o sinal a 20 metros do estúdio que era o próprio depósito do DCE. A medida que foram se fazendo alguns acertos no transmissor e o alcance foi aumentando maior era o número de participantes, até o ponto que se resolveu montar um coletivo anarquista - idéia minha para gerir o coletivo de maneira mais democrática possível, e isso significava tirar o controle da rádio do DCE o que deu maior pau ainda porque eu era coordenador de cultura do DCE daquela gestão de 1992. Toda briga foi apenas reflexo do movimento estudantil autoritário e paternalista que até hoje está por ai. Melhor para o coletivo que venceu a parada e melhor para o movimento estudantil que começõu a aprender uma nova forma de atuação que se reflete hoje por outros coletivos como o Forum dos cursos noturnos.

Porém nem todas as batalhas estavam ganhas. Não demorou muito e o transmissor pifou novamente. O estúdio era muito pequeno. Ou seja estava difícil o coletivo deslanchar até que dois fatos mudaram o rumo das coisas. Um dia alguém virou e disse: "Porque a gente não pede para reitoria aquela sala ociosa embaixo da caixa d'agua para servir de depósito para os equipamentos eletronicos do DCE?" . Vitória a reitoria caiu ou melhor aceitou o pedido. Concomitantemente a isso o DCE deslocou uma grana para comprar o novo transmissor, a nova antena, novos aparelhos e para concertar os antigos. E assim mudamos de mala e cuia para a caixa d'agua.

Ps. Que emoção instalar a antena no alto da caixa d'agua !

1992 chegou ao fim e 1993 começou com o coletivo da Rádio Muda com todo o pique - por que muda ? Não sei, acho que ficava mais tempo muda do que falando e porque precisava de um nome - enfim o semestre começou com 25 pessoas compondo a programação que ia basicamente das 8 às 24 hs de segunda a sexta. Mas ainda haviam problemas de ajuste fino no transmissor e na antena bem como de organização do coletivo. Principalmente de organização - Alguém tem um livro de Bakunin pra me emprestar ?

Primeiramente nosso principal problema era a questão da chave do estúdio e lado a lado a questão da divisão das tarefas do coletivo: como arrecadar fundos, como organizar programação, como fazer divulgação da rádio, como organizar o acesso ao estúdio (a chave!), como concertar os equipamentos com problemas bem como elaborar um regimento do coletivo.

Estes dois problemas vem sendo conduzidos a contento. Criou-se a figura dos facilitadore que se responsabilizariam por cada uma das tarefas citadas contudo com o caráter de coordenar os esforços dentro de cada tarefa e não assumi-las pessoal e unicamente. É bom lembrar que o coletivo de rádio livre não é só um espaço para "se fazer som". Quanto a chave aumentou-se o número de cópias.

Falando em "se fazer um som" gostaria de expor o projeto que eu penso para a rádio livre, afim de sucitar a discussão deste importante tema no coletivo. Ao particiopar do último encontro nacional de rádios livres dentro do seminário nacional de extensão universitária acontecido na PUCCAMP me espantei ao perceber, em meio às discussões, que a Rádio Muda era a maior rádio livre do país em todos os sentidos: altura da antena, potencia do transmissor, número de horas no ar, número de participantes e alcance do sinal. E o que fazer com tudo isso ? Rádio menores como a da federal de Campo Grande estão fazendo um trabalho comunitário interessante como a participação de funcionários, alunos e professores. Porém antes de continuar gostaria de expor o aspecto jurídico da questão e como o nosso coletivo se encaixa nessa conjuntura. Operar uma rádio livre é contravenção penal com pena de dois anos para quem for pego em flagrante. Há hoje dois processos em andamento, um da rádio Paulicéia de Piracicaba e outro de uma rádio livre de Goiás. Chato, né? Contudo creio que a situação não é tão ruim assim principalmente para nós radialistas universitários.

Esta havendo ao meu ver um começo de distenção a respeito deste tema nos meios formadores de opinião. Tomemos como exemplo os comentários favoráveis às rádio feitos por Boris Casoy, lembrando aos telespectadores que a muito tempo estão liberadas na França e nos Estados Unidos. Outro ponto importante foi o convite que uam rádio livre recebeu da reitoria para participar da solenidade de recebimento do acervo radiofônico do programa "Certas Palavras". E ai cabe uma conversa ao pé do ouvido: a reitoria da Unicamp, na figura do vice-reitor, tem um projeto de implantação de uma rádio universitária no campus cuja concessão só não foi adquirida ainda devido a disputas políticas envolvendo as rádio FM de Campinas. Neste sentido é interessante para a reitoria que a Rádio Muda sucite esta discução no Campus. Alia-se a isso o fato de a polícia federal, tese, só poder entrar no Campus com a autorização do reitor o que não seria interessante em termos de imagem da reitoria junto aos alunos. em Curitiba o reitor avisou o DCE antes que os federais pusessem a mão no transmissor. Ah ! é sempre bom lembrar que estamos em plena campanha eleitoral para reitor-94.

Para saber o resto da história, o amigo leitor vai ter de entrar no endereço http://www.radiomuda.hpg.com.br
O novo link da JB FM
Depois de um longo e tenebroso inverno, está de volta o link da indispensável JB FM 99,7 do Rio de Janeiro. Clique aqui, por enquanto. Em breve, estaremos colocando à disposição do amigo leitor o som ao vivo da emissora em nossa tabela de rádio ao vivo, em breve.
PL e PT disputam Ministério das Comunicações
Do website Tributo ao Rádio do Rio de Janeiro

O segundo pleito das eleições presidenciais será feito no próximo dia 27 de outubro. Enquanto nós, pobres mortais, discutimos se o próximo presidente será Lula ou Serra, nos bastidores os políticos já discutem quem comporá o próximo Governo. Obviamente, as mais agitadas conversas estão acontecendo dentro da coligação do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmam ser o favorito para o segundo turno.

Como nosso assunto é rádio, vamos nos deter na disputa mais próxima deste meio: a da pasta das Comunicações.

Jorge Bittar, o favorito do PT
Nos jornais cariocas, comenta-se que surgiu dentro do PT o nome do primeiro militante favorito à pasta das Comunicações. Trata-se do carioca Jorge Bittar, deputado federal (PT-RJ) que acabou de ser reeleito, com 140848 votos. Bittar é engenheiro de telecomunicações, e tem ligações com o Sindicato dos Telefônicos do Rio. Por ser um membro do partido, tem a simpatia dos colegas. E conta com uma vantagem extra: como o PT sempre se opôs ao processo de privatização do sistema Telebrás, promovido pelo Ministério das Comunicações na "Era FHC", seu nome pode representar um fim deste processo, e possivelmente um início de uma conduta mais rígida, no contato com concessionários de telecomunicações, de rádio e de TV.

A escolha do vice de Lula
Antes de prosseguirmos, devemos lembrar como o PL foi parar na coligação de Lula, e indicou o candidato a vice-presidente, o atual senador José de Alencar (PL-MG). A parte histórica do PL, ligada ao falecido ex-deputado Álvaro Valle, queria uma coligação com o PT, e indicar o referido empresário-senador para ser o vice de Lula. O próprio candidato a presidente queria esta coligação.

Enquanto isso, alguns políticos mais fisiológicos do partido, capitaneados pelo presidente regional do Rio, Carlos Rodrigues (o famoso Bispo Rodrigues da IURD e também deputado federal, reeleito com 192640 votos), queriam que o partido se coligasse ao PSB, para apoiar o campista Anthony Garotinho. Ou que ao menos o partido não apoiasse ninguém oficialmente, como fizeram o PFL e o PPB. Estes dois partidos ficaram livres para se coligar com quem quisessem, nos estados.

A corrente pela coligação com o PT venceu, pois contou com o apoio de importantes diretórios, como o de São Paulo (malufista) e o baiano (majoritariamente aliado a ACM). O diretório do Rio, liderado por Carlos Rodrigues, pôde apenas apoiar Garotinho extra-oficialmente, sem mostrar o apoio nos horários eleitorais no rádio e na TV.

Carlos Rodrigues quer emplacar Ministro
Como Anthony Garotinho não foi para o 2º turno, e agora é obrigado pelo PSB a dar apoio a Lula, a maioria de seus aliados do meio evangélico fluminense embarcaram na campanha petista. Entre estes novos "cabos eleitorais" de Lula, estão os dois mais polêmicos pastores do Rio. Silas Malafaia (aquele dos programas da Rede TV!), da Assembléia de Deus, e Bispo Rodrigues.

No 1º turno, evangélicos cariocas de várias igrejas pintaram novamente a cara do Lula como um diabo, como fizeram em 1989, em apoio ao eleito Fernando Collor. Agora, apóiam Lula. Silas Malafaia e outros evangélicos podem estar legitimamente inspirados a acompanharem o ex-candidato Garotinho. Já Bispo Rodrigues e a IURD (levando o PL-RJ) podem estar jogando com outros interesses a mais. Passemos a palavra a Alessandro Pereira (de Jundiaí-SP), colaborador da Rádio Base:

"Oras, evidente que no programa de nenhum candidato estará escrito para quem será entregue os Ministérios. Basta acompanhar alguns jornais, como Estado e Folha de SP, que estará explicito o porquê do apoio da Igreja Universal ao Lula, antes tachado de demônio por eles. Bispo Rodrigues, do PL, já disse que irá reivindicar a pasta das Comunicações para um membro de seu partido, de preferência para um membro da Igreja.

Lula, até então, está aceitando o apoio deles sem restrições. Também espero que não aconteça isso, mas é algo que não será surpresa para quem esta acompanhando o processo eleitoral. Como nosso assunto é rádio e esse veículo está sob os cuidados desse ministério, é conveniente que possamos discutir um pouco de política. Basta lembrar que mais de 70% das concessões de rádio no Brasil estão nas mãos de políticos. O futuro do rádio no nosso país terá rumo decisivo nos próximos dois anos. Ou melhora de vez ou tende a ficar cada vez mais reduzido o número de estações com condições de se ouvir."

Quem ficará com o Ministério?
É cedo para descansarmos, com este cenário de Irlanda do Norte que tomou conta de estados como Rio de Janeiro e Espírito Santo, e poderá tomar conta do país todo, no ano que vem. Ainda mais depois de vermos os radio-inquisidores se dividirem entre Lula e Serra (várias igrejas já apóiam oficialmente o tucano). Seja qual for o próximo presidente, obviamente os radio-inquisidores derrotados se juntarão ao radio-inquisidores vencedores e a seu novo Presidente. O lema "dividir para reinar" está mais atual do que nunca. Devemos lembrar que o novo presidente ainda não está eleito. O candidato José Serra (PSDB) conta com incontáveis aliados, dentro e fora do Brasil, e ainda não pode ser considerado um derrotado.

Mas como Serra resolveu brigar com todo mundo, até com a equipe do Jornal Nacional, depois da primeira entrevista ao vivo, sua eleição se tornou quase inviável. Candidato que briga com a TV Globo, no mínimo é louco ou "suicida eleitoral". Portanto, podemos apostar que Lula será o próximo Presidente, e em conseqüência aquele que indicará o próximo Ministro das Comunicações. Por ser uma pasta estratégica, talvez Lula prefira alguém mais próximo do PT.

Mesmo que ele prefira compor com o PL, nada garante que o futuro Ministro seja algum representante de alguma igreja da radio-inquisição. No entanto, se Lula quiser atender o desejo do Bispo Rodrigues ou de algum assemelhado, enfrentará problemas com meio mundo. Do Grupo Globo até a CNBB, esta última aliada histórica do PT. Vamos torcer para que não precisemos dos serviços de autoridades não-protestantes, para defendermos as rádios laicas e as que não integram a radio-inquisição. Afinal, estamos ou não numa República laica?

Prefixo da Scalla FM
Olá amigos da Rádio Base,

O nome da música que era prefixo de hora cheia na Scalla FM - a qual sempre ouvia graças a meu pai - chama-se "Concerto para uma só voz". O nome da intérprete eu não sei, mas posso ir até a Scalla FM e descobrir isso fácil.
Bom, farei isso, aguardem.

Grande abraço,
Edu Parez
São Paulo - SP

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Pôxa, Edu, gostaria que você fizesse isso para gente, se possível é claro. Agradeço desde já. Vou ver se consigo colocar aqui no blog pelo menos o prefixo da emissora, ok? Prefixos e vinhetas de emissoras e programas famosos que marcaram época. Esta aí outro bom tema para a gente desenvolver, que tal?

quarta-feira, outubro 23, 2002

Jovens de Belo Horizonte têm poucas opções no rádio

É, os jovens de BH estão realmente com poucas opções de rádios jovens. Contamos hoje com a 98FM (pop/rock), estilo 89FM de São Paulo e a tradicional e conhecida Jovem Pan 2 FM 99,1,que é bam-bam-bam de Belo Horizonte. Não que seja uma rádio original e criativa mas porque ainda mescla um pouco mais sua programacão com pop/rock/reggae e principalmente dance-music. Talvez por não ter concorrentes nesse segmento, deixe de inovar e cai na mesmice.

Já se vai o tempo em que BH tinha várias emissoras para o segmento jovem!!! Me lembro que o dial era recheado do comeco ao fim de rádios jovens. Até 94, tínhamos as seguintes por ordem: Cidade FM, 98FM, Jovem Pan 2 FM, Terra FM, Extra FM, Transamérica FM, e 107FM. Sete emissoras eram voltadas para esse segmento e hoje restam apenas 2. Será que a população de da capital mineira envelheceu, evangelizou ou ficou brega? Espero que novas emissoras possam surgir para dar um pouco mais de juventude ao dial belohorizontino.

Até mais,
Henrique Gallo.
Belo Horizonte-MG

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Pois é, ainda temos de lamentar que a brasileiríssima Inconfidência virou a sucursal mineira daquele lixo que chamam de Nativa FM. Mas talvez a questão, Henrique, não seja segmentar por faixa etária, mas sim, por gênero musical. Então se a rádio não tocar música jovem, ela é ruim? Não, não é por aí. Dá para fazer uma rádio de qualidade atingindo várias faixas de público. Assim como dá para criar uma emissora voltada para um público mais adulto que não precise necessariamente excluir outros tipos de ouvintes. Vai depender do profissional da emissora ter sensibilidade para saber o que o público espera ouvir na sua estação.

Já que o dial daí conta com emissoras filiadas à redes nacionais, por que os simpáticos radialistas belohorizontinos não criam um jeito novo de fazer uma programação local no estilo jovem, em vez de copiar justamente o que vem de outros grandes centros? Que tal uma rádio com um certo jeito mineiro de ser, hein?
Alcançamos os 20 mil acessos!!!!!!!!
(Barulhos de fogos estourando)

Muito obrigado à todos os leitores, ouvintes e internautas pelo apoio!
A luta continua, companheiros!
As mudanças da Brasil 2000

À pedidos do nosso leitor Hamilton Casagrande, vamos à alguns comentários sobre as mudanças da rádio Brasil 2000.

Concidentemente, hoje estava pensando em alguns programas que, mesmo diante de todas essas mudanças, continuam no ar firmes e fortes. Como exemplo, posso usar o "Brasileiros e Brasileiras", do competente Osmar Santos Jr. (que pelo que me consta, é o funcionário com mais tempo de casa). O programa continua no ar até hoje mostrando as novidades do Rock nacional e também apresentando a parada de músicas nacionais da rádio.

Com a saída de Kid Vinil da "Sessão da Tarde" acho que ficou um vazio na programação. Talvez nem precise produzir um programa muito complexo para ocupar esse horário: encarregar o locutor de dar notícias e novidades sobre o Rock 'n' Roll já ocuparia o horário de forma útil.

Quanto ao programa Na Geral, o que ocorreu foi o seguinte: Lélio Teixeira, na época coordenador da rádio 97 FM colocou no ar a primeira edição do programa, mas devido à desentendimentos com outros funcionários da emissora, Lélio matou dois coelhos com uma chapuletada só. Aceitou o convite para coordenar a rádio Brasil 2000 e ainda colocou seu programa no ar, o que acabou funcionando como uma resposta pessoal aos ex-colegas de 97 FM. Atualmente, o Na Geral é o líder de audiência da rádio Brasil 2000 e tem a participação de Beto Hora, um dos maiores nomes da locução comercial e do humor em rádio (participou do programa Djalma Jorge, da Jovem Pan). Sem esquecer, é lógico, do corinthianíssimo Zé Paulo, da TV Cultura. Particularmente, gosto muito desse programa, sempre que posso, ouço e dou muitas risadas com as trapalhadas dos personagens de Beto Hora. Agora, não sei se isso é bom ou ruim, mas o programa chama a atenção de muitos ouvintes que não fazem parte da audiência cativa da Brasil 2000 e que não passa nem perto do perfil de ouvinte de Rock 'n' Roll. É um público que, terminando o programa, vai desligar o rádio ou então mudar de estação. Podem gerar "hits" para o site da rádio, aumentar o número de e-mails, mas na hora de responderem "qual rádio você ouve" a maioria não responderá "Brasil 2000 FM". Esse talvez seja o principal motivo das críticas ao programa.

Referente às outras mudanças e novidades, deixo o espaço aberto à equipe da rádio Brasil 2000 FM.

terça-feira, outubro 22, 2002

O melhor do rádio também está aqui

Ah, antes que eu me esqueça, não deixe de ler a coluna de rádio do nosso blog no website do nosso amigo Thiago Gardinali, jornalista e apresentador da Rádio Jovem Pan e da Rede TV. Em breve, teremos novidades. Clique aqui.
Ok, pessoal, nosso e mail radiobase@ig.com.br voltou ao normal (assim, espero).
Estamos chegando aos 20 mil page views!!!!!Oba!!!!!!
Quero pedir desculpas, se por acaso aqueles que entram em contato com a gente pelo email radiobase@ig.com.br não estão tendo suas respostas a contento. No entanto, sugiro que vocês escrevam temporariamente para fransousa@uol.com.br, ou para o novo link de email colocado sempre no fim de cada postagem, caso queiram mandar suas opiniões, sugestões, textos, etc. Obrigado. E que Deus nos proteja!!!!!!
Consegui ouvir a Rádio K
Amigos do rádio,

Consegui finalmente ouvir a Rádio K mas não consegui ouvir o Kajuru. No site da emissora tem algumas informações de programas do Kajuru, mas ele mesmo, não aparece por lá. Alguém saberia informar o por quê? Queria também um pouco mais sobre as tais mudanças na Brasil 2000. São boas, e o Lélio continua na casa? E o Na Geral X Estádio 97, quem copia quem nessa história?

Um abraço
Hamilton Casagrande
São Paulo - SP

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Quem pode lhe explicar melhor é o Marcos Lauro. De minha parte, só posso dizer que o Na Geral é o programa de esportes certo na rádio errada. E o Estádio 97 deve ter sido criado para pessoas que aceitam ouvir qualquer coisa que lhe empurrem goela abaixo, digo, ouvido a dentro, sem reclamar, de preferência. Suponho que não seja essa o caso do caro leitor.
Vinhetas e prefixos da Scalla FM

Estou procurando uma música que sempre escutava em uma chamada de rádio, pelo que me recordo era da Scalla FM, que me parece na época fazia parte das emissoras dos Diários Associados (isso deve ter no mínimo uns 10 anos...) Era uma música que tocava durante a chamada em que era apresentada a rádio, sua frequencia, etc , e diziam "Estamos efetuando a troca de nossos transmissores". Vocês saberiam me dizer qual é essa música, ou teriam essa chamada?
Antecipadamente grato,
Fábio de Souza
São Paulo - SP

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Deve haver um engano, aí, Fábio. Pelo que me consta, a Scalla nunca fez parte dos Diários Associados, e sim, do grupo Diário do Grande ABC. Ah, eu também quero saber quem canta e qual é o nome do tema que toca anunciando o prefixo da Scalla FM de hora em hora. É uma vocalização feminina muito bonita. Parece-me que é uma brasileira. Alguém sabe?
Policia Federal e Anatel tentam calar mais uma vez a Rádio Muda
Por Marina, programadora da Rádio Muda

Na tarde do dia 18 de outubro, uma sexta-feira, mais uma vez, a Rádio Muda tem às suas portas policiais federais e agentes da ANATEL (Agencia Nacional de Telecomunicações), numa tentativa semelhante à do dia 1º deste mês, imbuídos de um mandado de busca e apreensão e com maior aparato policial (desta vez, 4 homens), para lacrar a radio, que possui 12 anos de funcionamento numa luta global pela liberdade de expressão e pela democratização dos meios de comunicação.

Segundo a secretaria da reitoria da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), que acompanhou os agentes para uma negociação com o procurador geral da Unicamp, os agentes passaram por uma conversa com o procurador antes de tomarem quaisquer providencias maiores e foram convencidos pela autoridade acadêmica do não fechamento da Muda. A atual reitoria da
universidade mantém sua política de "desinchamento" da quantidade de policias no campus e avisou, pela voz da secretária do chefe de gabinete do reitor, a chegada de policiais aos estudantes antes que qualquer conflito pudesse ser iniciado. Não conseguindo fechar a rádio Muda, mais uma vez os agentes e policiais federais foram embora, com uma mão na frente e outra atrás.

A rádio Muda, que vem desenvolvendo um trabalho comunitário na área da comunicação livre, aglomerando para si uma série infinda de movimentos sociais e culturais, pessoas da mais diversas origens e tendências, pretende continuar resistindo pelo fim do monopólio de grandes empresas nos meios de comunicação, por uma comunicação livre e sem correntes que a impeçam de ir adiante.

Em meio atual ao processo de globalização do capital, a conseqüência mais evidente da convergência tecnológica no setor da comunicação é a enorme e sem precedentes concentração da propriedade, consolidando a emergência de inúmeras corporações multinacionais especializadas em produção de mídias. Essas corporações exercem controle direto na construção de valores sociais
baseados única e exclusivamente na intenção do lucro, quando, através das ferramentas da comunicação, estabelecem uma relação entre informação e conhecimento de tal maneira, que o controle da informação - sua disponibilidade e seu acesso - constituem hoje questões estratégicas tanto para empresas quanto para nações.

Além disso, a construção do saber publico, que posteriormente torna-se a base para as tomadas coletivas de decisões, está intimamente ligada à dependência das sociedades ao poder da mídias. Mais do que família, escola, igreja, sindicato ou partido, as mídias fazem parte da vida do cidadão de maneira tão singela quanto perigosa (porque inconsciente de seus fins).

Em combate à essa realidade, surgem as rádios livres, na tentativa de uma quebra profunda com esses padrões sociais de comportamento e dinâmica. Ao exercerem a comunicação livre e uma partilha cultural (de saberes, políticas e artes), sem a mediação de chefes ou doutrinas especificas, seus programadores diversificam a maneira de realizar suas experiências, assumem
a responsabilidade por suas escolhas e amadurecem enquanto participantes ativos dentro da sociedade.

Além de construir cidadania, as rádios livres, como a Rádio Muda, estão pela democratização dos meios de comunicação na medida em que combatem a discrepância entre a Constituição Brasileira - o fundamento de todas as leis -, que garante a liberdade de expressão a qualquer cidadão e sob quaisquer meios, e sua legislação para o rádio, altamente retrógrada e autoritária, criada durante os tempos da ditadura militar, que restringe e tenta controlar esse direito.

Sob uma estrutura organizacional autogestionária e com a participação de mais de 100 programadores, dentre eles, funcionários e estudantes da universidade, secundaristas, moradores da região de Campinas, trabalhadores desempregados e, até alguns semestres atrás, internos do Hospital Psiquiátrico Candido Ferreira, a Muda resiste, durante todo esse tempo e através de um trabalho que está para além das cercas da universidade e dos governos, para mostrar a população que "piratas são eles, porque nos não estamos atrás do ouro!"

Rádio Muda - 105,7 FM LIVRE
UNICAMP
CAMPINAS SP

http://www.radiomuda.hpg.com.br
contato do coletivo da rádio: radiomuda@lists.riseup.net
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Mesmo com tantos problemas que a população brasileira atravessa, a discussão - e conseqüente definição - da situação das rádios verdadeiramente comunitárias também se fazem necessárias. Não dá mais para ver emissoras criadas por um grupo de pessoas, com objetivos puramente culturais e humanitários, serem perseguidas, ao passo que outras tantas estações, que primam pelo seu obscuro objetivo de lucro ou de aliciamento religioso, transmitem seus sinais indiscriminadamente, atrapalhando, inclusive, emissoras legalmente estabelecidas.
No sábado, rádios comunitárias na Câmara
Do Boletim dos Sindicato dos Jornalistas

O Sindicato dos Jornalistas, em conjunto com as emissoras comunitárias de São Paulo, estudantes de comunicação, pessoal da áreas de Saúde, professores e alunos de escolas municipais, grupos de hip-hop, o cantor e compositor Lobão, o presidente da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal de São Paulo, Armando Coelho Neto (que lançará o livro "Rádio Comunitária Não é Crime") e representantes da Prefeitura de São Paulo participam, neste sábado, dia 26, às 14h, no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo de uma reunião para debater os próximos passos para a aprovação do um projeto de Lei que dota o poder municipal (Câmara e Prefeitura) de meios legais para concessão de funcionamento de rádios comunitárias na cidade. A iniciativa do projeto, que tramita há um ano e meio e já foi aprovado, por unanimidade, pelas comissões da Câmara, foi dos vereadores Carlos Neder (PT) e Ricardo Montoro (PSDB). Agora, só falta a votação em Plenário. A reunião é aberta a todos os interessados na democratização da comunicação. Mais informações no site http://www.obore.com.

sábado, outubro 19, 2002

Ceguinho, mas trabalhando!

Ontem fui fazer exame de vista e pingaram aquele bendito colírio dilatador de pulilas... ainda estou vendo tudo um pouco embaralhado, mas haverá Kizumba hoje sim, viu!!!!
À partir das 14h, em www.radioficina.com.br... é só acessar e entrar no chat!
Até mais!

sexta-feira, outubro 18, 2002

Rádio Revista Capital

O programa "Revista Capital" deste sábado, dia 19 (14h-15h), traz entrevistas interessantes de forma descontraída. Ouça na rádio capital AM, 1040 kHz ou pela internet www.radiocapital.am.br

NUTRIÇÃO - Alimentação mais saudável na primavera, com Lígia Ferreiro, coordenadora do grupo CREEO - Centro de Recuperação e Estudo da Obesidade - São Paulo
SAÚDE - Programa Reouvir - 3ª Idade, com Dra. Mara Gandara, médica otorrinolaringologista e Coordenadora do Programa Reouvir
MODA - Alisamento dos fios de cabelo pela tecnologia japonesa, com Rodrigo Gueks, gerente nacional da Embeleze Profissional
CORPO - Programa Agita São Paulo, sobre importância da atividade física pelo 30 minutos por dia, com Douglas Andrade, Assessor Técnico do Programa
LEITURA - Médico Rubens Paulo Gonçalves, obstetra e ginecologista e Diretor do Centro de Ginecologia e Obstetrícia Paulista, membro do corpo clínico do Hospital Albert Einsten, autor do livro "O Desafio da Menopausa"
SEXO - Ter prazer consigo mesmo(a) para depois ter com o(a) parceiro(a), independente de ter o corpo perfeito, com a psicoterapeuta e sexóloga Carolina Ribeiro.
LAZER - Estréia da peça teatral "Eu e Meu Guarda-Chuva", de Branco Mello, no Rio
BELEZA - Cuidado com os cabelos cacheados que são mais frágeis. Entrevista com Flávia Carro, gerente de produto Biorene.
PROMOÇÃO - Perfume Amor Selvagem do Zezé de Camargo e Luciano. Entrevista com Márcio Xavier, diretor presidente da Anantha
Magaly Prado
Programa "Revista Capital" (sab-14h-15h) nos 1040 khz ou pela internet, clique no "ao vivo" do site abaixo:
http://www.radiocapital.am.br
Ainda sobre Miguel Dias
Olá Marcos e amigos da Rádio Base
Confesso que não acompanhava muito o trabalho de Miguel Dias. Meus horários nunca batiam com os horários em que ele estava no ar. Mesmo assim, é possível fazer algumas considerações a respeito de seu trabalho. Talvez a sua grande contribuição profissional foi a versatilidade. Não é qualquer um que consegue transitar, com sucesso, de uma emissora que fala para um público mais qualificado, como a CBN, para uma outra que tem uma linha popular, como a Globo.

Miguel conseguiu isso. Prova maior foi a manifestação dos ouvintes na madrugada desta quinta-feira, durante o programa comandado pelo Alvaro Gimenez, na mesma emissora. Ele caiu mesmo no gosto dos ouvintes da Globo. Os depoimentos emocionados de quem entrou no ar comprovaram isso. Eu sei que existem muitos profissionais recém-formados que tem um certo preconceito contra o segmento popular. Miguel Dias consegiu provar que se pode falar para esse tipo de público sem apelações ou baixarias de qualquer
espécie. Essa é sua grande lição.
Abraços
Rodney Brocanelli

quinta-feira, outubro 17, 2002

Sobre a rádio do Kajuru

Caros amigos do Radio Base. É a primeira vez que escrevo, embora acesse o blog todos os dias. Quero saber como ouvir a rádio do Kajuru. Eu acessei o site kajurunet.com.br mas não há como ouvi-la. Vocês sabem o que houve e se há outras maneiras de se saber sobre essa rádio. Outra coisa, sobre a tal perseguição a essa emissora, é verdadeira ou história de auto-promoção do Kajuru? A emissora está fora do ar? Esse tal dossiê do Kajuru, onde posso encontrar?
Um abraço
Hamilton Casagrande
São Paulo - SP?

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Olá, Hamilton, bom saber que você nos acompanha todos os dias. Todas as informações que você precisa devem estar no site da Rádio K - http://www.kajurunet.com.br. Talvez você não esteja conseguindo ouvir por não ter o programa Real Player instalado. Procure no site se há algum link em que você possa copiar o programa. Ou senão tente no Portal do Rádio.

Se ele fez auto promoção ou não, não temos como saber. Esta foi uma opinião expressa por um leitor nosso. Prefiro que o amigo julgue por si só. Mais informações voc~e pode ler no website Comunique-se http://www.comunique-se.com.br

Um abraço
Rádio e política

Olá, amigos da Radio Base

Ainda surpreso pela súbita morte de Miguel Dias, um grande talento do rádio nacional, escrevo para comentar sobre a mensagem que escrevi sob o título "Mudanças na Rádio Globo". Oras, evidente que no programa de nenhum candidato estará escrito para quem será entregue os Ministerios. Basta acompanhar alguns jornais, como Estado e Folha de SP, que estará explicito o porquê do
apoio da Igreja Universal ao Lula, antes tachado de demônio por eles. Bispo Rodrigues, do PL, já disse que irá reinvidicar a pasta das Comunicações para um membro de seu partido, de preferencia para um membro da Igreja.

Lula, até então, está aceitando o apoio deles sem restrições. Também espero que não acontece isso, mas é algo que não será surpresa para quem esta acompanhando o processo eleitoral. Como nosso assunto é rádio e esse veículo está sob os cuidados desse ministério, é conveniente que possamos discutir um pouco de política. Basta lembrar que mais de 70% das concessões de rádio no Brasil estão nas mãos de políticos. O futuro do rádio no nosso país terá rumo decisivo nos próximos dois anos. Ou melhora de vez ou tende a ficar cada vez mais reduzido o número de estações com condições de se ouvir.

Abraço a todos,

PS: Os jornais de hoje, 17 de outubro, nada falam da morte de Miguel Dias, apenas na Internet. Ele morreu às 20h40min. As redações dos jornais ainda não haviam fechados as edições de hoje.

Alessandro Pereira
Jundiaí - SP
A discussão sobre o Jabaculê continua....

Olá Marco e amigos da Rádio Base

Interessante esse texto sobre o Jabá. Há um trecho que eu quero comentar, que se segue:

"Infelizmente por ser jabá um assunto proibido e que envolve muito dinheiro, são poucas pessoas que aceitam e têm coragem de comentar o assunto. São rarissimos os artistas e radialistas, ou seja, os envolvidos diretamente no processo, que fazem alguma declaração importante".

Acho que há um erro aí. O artista não está envolvido diretamente no processo. Quem bate a porta da emissora de rádio é a gravadora. O máximo que pode acontecer é do artista ficar "na muída" até porque ele é parte do processo, mas ao mesmo tempo é vítima, creio eu. E, ao contrário do que o texto diz, alguns radialistas falam, sim sobre o assunto. Eu tive neste anos a oportunidade de entrevistar Roberto Maia, ex-diretor da Rádio Brasil 2000 FM e ele falou sobre o assunto, sem rodeios:

"Pergunta - E a questão do jabá. Como a Brasil 2000 lidava com isso?

Maia - O consumidor em geral não sabe o que o preço do disco significa, mas você tem embutido no valor uma porcentagem de custo e a verba de marketing. Entenda marketing como quiser, esse dinheiro pode ser usado para o que se quiser: fazer cartazes, levar a banda para entrevistas, fazer camisetas, adesivos etc. De um disco que vende 100 mil cópias, pelo menos o dinheiro
lucrado da venda de 20 mil cópias é para isso.

É uma conta meio maluca, isso vira um dinheiro em caixa. Se você tem uma banda nova não vai possuir essa verba porque ninguém te conhece, então se pega emprestado de um conjunto muito famoso. Por isso é que se fala erroneamente que uma banda consagrada ajuda a lançar bandas novas. Não é isso, é porque a verba que sobrou para divulgar um cara que vendeu dois
milhões de cópias vai ser usada para divulgar a banda nova. Essa verba é o que se convencionou a se chamar de jabá porque ela é utilizada ao bel prazer do diretor de marketing. Dá para se fazer todo tipo de coisa com essa verba: comprar um Mercedes para sortear na emissora ou então levar o ouvinte para ver um show do U2 em Miami e depois passear com o Bono de limusine, por
exemplo. Tudo isso é fruto dessa verba de marketing que o pessoal chama de jabá. Isso em outras épocas entrava no bolso de alguém diretamente, sem constrangimento, para o programador ou qualquer pessoa que mande na rádio.

Essa verba de marketing virou um conforto, faz-se tudo para a rádio com essa grana, tornou-se uma facilidade para quem trabalha. E qual a moeda disso? Divulgar o determinado artista. Não existe o estar pagando para tocar, mas existe um acordo de cavalheiros.
Como o U2 está dando ao ouvinte da rádio uma oportunidade de uma promoção que leva o sujeito para Miami, em contrapartida tem que se mostrar o trabalho dos caras. Por que uma banda fica famosa? Tem sempre aquele trabalho de marketing. Por mais que uma banda seja brilhante ou excelente alguém precisou falar sobre ela, instigar as pessoas a gostarem daquilo. E também existem as armações, que não duram nada. Se a banda for ruim, não vai adiantar. Tem que existir um mínimo de talento, de empatia com aquele grupo de pessoas a quem você vai oferecer esse produto. Isso tudo deveria ser uma coisa mais clara, ficou uma coisa obscura durante todos esses anos. Se tudo fosse às claras, não existiria corrupção."

É um depoimento mais que importante sobre o tema. A íntegra da entrevista pode ser acompanhada na versão Blig do Rádio Base:
http://radiobase.blig.ig.com.br
Abraços
Rodney Brocanelli

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A reportagem dos alunos da UNB sobre o Jabá foi publicado originalmente no website Comunique-se. Ainda sim, os profissionais de rádio nos "devem" uma explicação sobre o assunto.
Mas o Miguel Dias morreu? Mas ele estava tão bem ontem!!!

Bem que eu senti algo estranho hoje pela manhã quando, ao esperar o ônibus na Avenida Doutor Arnaldo para ir ao serviço, percebi um carro da CBN parado em frente ao cemitério do Araçá. Ao chegar ao meu posto de escuta na empresa que por ora trabalaho, precebi que na Globo, Carlos Maglio tentava amenizar o triste passamento de um companheiro do Sistema Globo de Rádio. Quem? Um certo Miguel Costa, diria o locutor Jorge Luis, da Globo Rio, que fazia um ping pong matinal com o Maglio. Vagner Costa morreu? Ou será que foi o Miguel Dias? Não, Miguel Costa. Imagina que o Vagner ou o Miguel iriam morrer do coração!!!!

Instantes depois alguns colegas ouviram a notícia por completo pela CBN, Bandeirantes e outras rádios. Miguel Dias Filho, jornalista, 56 anos, sofrera uma parada cardíaca após um infarto dentro de seu carro, no meio do trânsito da Avenida Francisco Matarazzo. Levado por uma ambulância ao Hospital das Clínicas, seu velho (velho?) coração não resistiu e ele morreu.

Aos poucos, a improvável notícia tornava-se verdade. Nelson, chefe do setor ao lado, amissíssimo de Miguel, conta seu relato. Seu Reinaldo, jornalista para lá de experiente, lembrava algumas boas passagens que tivera com o colega falecido. Os comunicadores da própria Globo vão contando os detalhes do triste fato em meio a soluços de saudade.

"Mas como um radialista morre do coração?", pergunta inocentemente uma colega leiga nessas coisas da comunicação. Quem trabalha com comunicação não faz força braçal como um pedreiro, mas vive em constante pressão pela natureza de sua profissão. Pode não parecer, mas transmitir notícias, informações, prestar serviço, divulgar cultura, ou simplesmente entreter o espectador com algo sadio e com o mínimo de equilíbrio e ética é uma tremenda responsailidade num país subdesenvolvido como o nosso. Talvez por isso mesmo vários comunicadores com formação universitária ou anos de janela sejam tão defensores de que a profissão se norteie por princípio éticos claros, como era o caso de Miguel. Mas como toda a área de Comunicação Social ainda não atingiu níveis decentes de civilidade e ética no Brasil, quem paga o preço é a sáude dos profissionais, do rádio, da tv, da imprensa escrita,etc.

Inacreditável. Ainda ontem, pelas ondas da emissora da Rua das Palmeiras, Miguel parecia estar tão alegre com a liderança de audiência em seu horário. Liderança tão duramente conquistada sob a incredulidade de muitos, inclusive desse blog. "Mas será que o Miguel Dias vai conseguir os mesmos índices de seu antecessor, Paulo Lopes? Afinal, 6 anos antes, a mesma Rádio Globo colocara Gilberto Barros e Hélio Ribeiro nos horários pertencentes a Eli Correia. Gilberto Barros dera certo e continuou. Hélio Ribeiro, por uma série de motivos que ainda precisam ser esclarecidos, não", perguntávamos a nós mesmos na época. Perguntamos e não publicamos, mas nem isso tenho certeza direito. Agora é que não teremos mesmo. O Miguel morreu.

Ao longo do dia, eu e seus atuais colegas de casa não acreditávamos no que tinha acontecido. "O ouvinte que acompanha todo o dia auquela pessoa, se sente meio 'órfão' quando sabe que não vai mais ouvir aquela voz que tanto o cativava", filosofa Reinaldo, a voz da experiência. Só conseguia me lembrar da única vez em que pude conversar mais demoradamente com ele, no estúdio da CBN. Entre uma reportagem e outra, entre um comercial e outro ele ia se queixando do tratamento que o jornal em que trabalhava dedicava a um cliente seu de assessoria. Eu respondia que não era só com o "público externo" que eles adotavam essa conduta, mas também com seus funcionários e colaboradores. "Do jeito que eles estão fazendo, o jornal vai acabar fechando suas portas. Eles têm de tratar as pessoas com um mínimo de decência, pô! Indignava-se ele. Chega a ser engraçado lembrar de tão proféticas palavras num dia tão triste: por falta de leitor e depois de tantos desacertos, o tal jornal parou de circular 5 anos depois que ele disse isso.

E pensar que ainda ontem, eu e o companheiro Alessandro comantávamos aqui mesmo justamente a nova programação do Rádio Globo e dizíamos que "o Miguel Dias está dando um show de competência no horário local". Agora é que a discussão da formação de redes está longe de terminar.

Um abraço, Miguel, e que Deus te ilumine onde quer que vocês esteja. (Marcos Ribeiro)
Eu ia dar uma pausa nas críticas e nos comentários, mas essa não dá para esperar:

Programa Pânico recebendo Carola, "A Rainha do Povo", para falar sobre Casa dos Artistas!!!!!
Isso é falta de assunto ou o que??????????

Por essa e outras que eu estou começando à ouvir mais AM...
Nosso blog está de luto!

Está acontecendo nesse momento o velório do comunicador da Rádio Globo/São Paulo, Miguel Dias, no cemitério do Aracá.
Seu sepultamento está previsto para ás 16h.
Segundo a reportagem da Rádio Globo, a movimentação de fãs e colegas radialistas é grande.
Há alguns dias tive o prazer de participar de um evento na Radioficina, com a presença de Miguel Dias, e pude conferir de perto todo o humor, a sensatez e a humildade deste comunicador, que deixará uma lacuna enorme no rádio de São Paulo e, porque não, do Brasil.
A Rádio Globo continua à prestar homenagens ao comunicador, nos seus 1100 Khz, São Paulo.
Morre o radialista Miguel Dias

Por volta das 19h30 dessa quarta-feira, o radialista Miguel Dias sentiu-se mal e foi levado pelo Resgate até o Hospital das Clínicas, onde veio à falecer. Miguel estava na Av. Francisco Matarazzo, região central de São Paulo, quando foi reconhecido por populares, que chamaram a viatura do Resgate.

Da Redação
Meu colega de Kizumba Net, Rafael Marinari, acaba de me avisar pelo celular sobre a morte do Radialista da Rádio Globo/SP, Miguel Dias.
Assim que tiver mais informações, coloco aqui no blog.

quarta-feira, outubro 16, 2002

A indústria musical: “jabá”, sucesso e ética
Aline Paz, Bruna Pastuk, Gabriel Costa e Graziela Bastos (*)

“Com certeza, rola jabá em outras rádios. E eu acho que não é pouca grana não. Mas olha, eu não disse nada pra vocês. Senão, pedem minha cabeça”. Esse depoimento do diretor artístico e programador musical de uma das mais populares rádios brasilienses só confirma o que todos já sabem: a existência da poderosa indústria do jabá. E nos revela como esse é um assunto proibido no meio musical. Proibido porque é anti-ético, imoral, configura-se como um desrespeito aos ouvintes e consumidores de música.

Quem trabalha com cultura e mídia, como os diretores artísticos e programadores, não pode assumir essa falsidade, sob o risco de perder a credibilidade que eles detêm perante as massas. Uma credibilidade por vezes injustificada, mas que existe. Jabá, jabaculê ou caititu para os mais antigos... Esse suborno branco consiste no pagamento de dinheiro, oferecimento de serviços ou bens por parte das gravadoras às emissoras de rádios e emissoras de TV (sobretudo nos programas de auditório), para que essas executem à exaustão a música vendida pelas gravadoras.

O objetivo é claro: fazer com que a música e, consequentemente, seu intérprete, “estoure” nas paradas de sucesso (que, como veremos, pode ser uma farsa), aumentando assim a vendagem de discos. Essa prática, que pode ser considerada como propina, fere uma das mais importantes regras do mercado, preconizada por Adam Smith: a da livre-concorrência.

Hoje, a disputa é para ver quem paga mais. Isto também existe em revistas especializadas em divulgar as paradas de sucesso. Alguns artistas aparecem em posições mais altas na preferência do ouvinte do que estão na realidade. Isso cria falsas celebridades e novos astros sem talento e tira a credibilidade dessas publicações. Mas é fácil perceber quais artistas só “brilharam” por conta do jabá: pouco tempo depois são relegados ao anonimato novamente. Essa prática prejudica imensamente a qualidade da música que ouvimos e, certamente, fecha muitas portas a milhares de talentos que, com justiça, merecem brilhar. Porém, a prática do jabá não é nova. Já na década de 40, alguns compositores vendiam parcerias de músicas para que tivessem espaço nas rádios. Data desta década o termo caititu, que era o negociante, a pessoa que acertava com os músicos e rádios os detalhes da “divulgação”.

No final dos anos 50, o DJ norte-americano Alan Freed cria o termo “payola”. Alguns meses depois é acusado de receber dinheiro para promover artistas. Após uma série de escândalos, o jabá se torna crime federal nos EUA. No Brasil, até hoje não existe legislação sobre o assunto. A legislação norte-americana torna obrigatória a comunicação formal e pública dos pagamentos, permutas ou presentes de qualquer tipo aos profissionais de emissoras de televisão ou rádio para ‘incentivar’ a execução pública de certas músicas, que geralmente vinham sob o eufemismo de “honorários de consulta”. Entre estes “honorários de consulta” constavam cruzeiros, carros esportivos, aparelhos eletrônicos e até drogas e favores sexuais. Bem profissional não é?

De 1960 até hoje, o jabá se profissionalizou e tornou-se uma indústria (ou máfia?) muito poderosa. Vem maquiado sob expressões como “insumos promocionais”, “verbas de divulgação”, “investimentos de marketing”, que, segundo as gravadoras, é apenas a prática de distribuição de brindes, CDs ou camisetas para os ouvintes das rádios. Quem caracterizou o jabá dessa maneira foi outro dos diretores artísticos entrevistados pela nossa equipe durante a pesquisa. Infelizmente, por ser jabá um assunto proibido e que envolve muito dinheiro, são poucas pessoas que aceitam e têm coragem de comentar o assunto. São raríssimos os artistas e radialistas, ou seja, os envolvidos diretamente no processo, que fazem alguma declaração importante. Cabe então, salientar o testemunho do cantor e compositor Lobão, que concedeu uma entrevista para a revista Playboy (Ago/2000).

Lobão é um dos poucos artistas com exposição na mídia que tem coragem de comentar o assunto. Na verdade, é um grandes delatores da podridão do universo fonográfico brasileiro. Por discordar das práticas anti-éticas das gravadoras, ele se desligou de sua antiga gravadora (uma das majors no Brasil) e fundou seu próprio selo, o Universo Paralelo. A negociação por baixo dos panos acontece entre os diretores das gravadoras e os coordenadores das rádios, mediado pelos divulgadores-correspondentes das gravadoras em cada praça e responsáveis para apresentar a lista de lançamentos - e mais raramente entram no acordo alguns DJs que atuam no horário de maior audiência (entre as 18 e 19 horas). A negociação é feita com tanto sigilo que algumas vezes nem mesmo o dono da rádio tem conhecimento. Caso ele venha a descobrir, ao invés de proibir o jabaculê, acaba entrando no esquema e pedindo “favores” também.

De todo o dinheiro destinado à promoção de novos CDs, cerca de 70% são destinados a cobrir diretamente o jabá, ou seja, vai para o bolso ou para o consumo direto dos radialistas e envolvidos. Esse dinheiro geralmente vem do caixa dois das empresas, o que torna muito difícil uma fiscalização. E confirma o caráter marginal da prática. Logicamente, alguém precisa pagar todas essas despesas. E de onde vêm o dinheiro das gravadoras? A venda de CDs é a maior fonte de arrecadação das gravadoras. Os últimos balanços anuais divulgados por elas vêm demonstrando quedas gigantescas no faturamento. Elas acusam a pirataria como causa principal do declínio das vendas , e consequentemente, do seu prejuízo. As vendas de piratas não param de crescer porque seu preço, em média R$ 5, é infinitamente menor que o de um CD original, que custa em média R$ 25.

Não nos cabe questionar o verdadeiro preço de produção de um CD. Mas podemos questionar: quanto deste preço exorbitante é destinado ao pagamento de jabá?

(*) Alunos da Faculdade de Comunicação da UnB, loucos o suficiente para entrar no mesmo barco do Lobão
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E aí, amigos radialistas, alguém se habilita a comentar o assunto? Vamos lá, participem, queremos saber a versão do outro lado.