sexta-feira, novembro 30, 2001

BOA NOTÍCIA PARA O RÁDIO:
Notícia retirada do site www.cidadebiz.com.br

Rádio supera a crise e deve aumentar 10% as receitas
Ações de marketing e promoção fazem o meio crescer no ano em que todos perdem

Quinta-Feira, 29 de novembro de 2001, 22h00
Fonte : Da redação

Enquanto a mídia em geral já dá por perdida a meta de crescimento em 2001 e começa a planejar o ano que vem, o meio rádio pode até comemorar ganhos. A estimativa do consultor Antônio Rosa Neto, da Dainet Multimídia e presidente do Grupo de Profissionais do Rádio, GPR, é de que o meio feche o ano faturando pelo menos 10% mais do que em 2000. A receita total do setor está prevista em R$ 600 milhões no ano.

Embora o crescimento seja metade do registrado no ano passado (de mais de 20%), o simples fato de expandir receitas num ano de recessão para a mídia como um todo já é um grande feito. A fatia do bolo publicitário também crescer, em consequência.

A participação do rádio nos investimentos totais em publicidade, que era de 3,7% em 1998, chegou a 4,9% em 2000, e este ano, segundo Rosa, deve bater nos 6%. Para ele, o bom desempenho da mídia é resultado principalmente das ações organizadas pelo GPR nos Estados em que a organização está atuante - Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Brasília.

O GPR, tocado pelos próprios executivos do meio, organiza ações de marketing, investe em pesquisas e promove cursos e seminários sobre vendas para os profissionais do meio. Também administra uma agenda de visitas técnicas a agências de publicidade, para divulgar o potencial do rádio para os planos de mídia dos anunciantes.

Um dos trunfos do rádio é o preço da publicidade vis a vis o seu alcance. O que gera uma das melhores equações de custo-benefício entre todas as opções de mídia para os anunciantes . O custo para se atingir 1.000 pessoas no rádio, por exemplo, é de R$ 1,50, segundo o presidente do GPR. Na TV, o custo salta para R$ 8.
Quanto à escrever que o Garagem é sábado... desculpem a nossa falha! Até parece que eu não ouço toda segunda...

Pois é, Marcão, também fiquei sabendo da morte de Harrison pelo AM.
Todos os dias, antes de ir pro trampo, ouço a Capital (influência de minha vó, né...) e a Sonia Abraão em seu programa matinal informou o acontecimento, por volta das 8h20.

George, além dos Beatles, tinha uma carreira solo de grande sucesso também, com destaque para a música "Sweet Lord", já usada no Kizumba Net no quadro que mostrava mensagens subliminares em músicas.
Será que o "Na Geral", aquele programa xulé de esportes da Brasil 2000, vai comentar a classificação do Flamengo na Mercosul? pode ser que eles até lembrem da morte do George Harrison, mas acho difícil. Se o Roberto Muller Maia estivesse lá, com certeza seria o assunto do dia, ao menos no fim de tarde quando ele o Tatola apresentavam a revista musical "O Lançamento Nosso de Cada Dia", que tinha uma audiência maior que a "imitação de Mesa Redonda" comandada pelo tal de Lélio.
A Brasil 2000 acaba de anunciar que vai tocar clássicos dos Beatles de hora em hora no dia de hoje. A Mix ainda não deu um pio. Será que é por isso que os shows dela terminam em pancadaria?
O AM, como sempre saiu na frente, quando o assunto é notícia. A Bandeirantes deu a notícia atrvés do seu correspondente em Washington, Eduardo Castro. O repórter limitou-se a informar as circunstãncias da morte. A Jovem Pan foi além. Paulo Pontes, dentro do Show da Manhã entrevistou alguns especialistas em Beatles para falar sobre George Harrison.
A 89, neste exato momento começa a veicular repercussões sobre a morte de George Harrison. A Mix e a Brasil 2000 ainda não dissseram nada......
Estou de ouvido ligado nas 3 emissoras autoentituladas "rádios de rock", para ouvir se alguma delas lembra o acontecimento. Das 10h até agora nenhuma delas tocou no assunto. Somente a Kiss FM anunciou que fará um especial de emergência às 4 da tarde. Mas a Kiss é rádio de "Classic Rock", será que vale? Pra mim, rádio de Rock ou Classic Rock dá na mesma.
Para quem ainda não sabe, morreu na madrugada de hoje o ex-Beatle George Harrison. Veja o texto do Uol Música:

LONDRES (Reuters) - O ex-beatle George Harrison morreu aos 58 anos, depois de uma longa batalha contra o câncer, informou um amigo da família, Gavin De Becker, nesta sexta-feira (30).

Harrison, conhecido como o "beatle discreto" por ter vivido à sombra de John Lennon e Paul McCartney, morreu na casa de um amigo em Los Angeles (EUA). A mulher dele, Olivia, e o filho Dhani estavam a seu lado.

Amigo da família há vários anos, Gavin De Becker disse: "ele morreu com um pensamento na cabeça: amem-se uns aos outros".

McCartney disse ter ficado arrasado com a notícia da morte. "Ele era um cara adorável e um homem muito corajoso. Tinha um senso maravilhoso de humor. Ele era meu irmão mais novo, na verdade", afirmou McCartney do lado de fora de sua casa em Londres, capital britânica.

"Conheço George desde sempre e ele era um cara maravilhoso, que eu amava profundamente".

Yoko Ono, cujo marido John Lennon foi morto com um tiro na frente de seu prédio em Nova York há quase 21 anos, disse: "Obrigada, George. Foi maravilhoso conhecê-lo".

"George dedicou tanto de si para nós durante sua vida e continua a fazê-lo mesmo depois da sua morte com sua música, seu talento e sua sabedoria", acrescentou.

Harrison, que entre seus vários sucessos compôs "All Things Must Pass", revelou pela primeira vez em 1998 que lutava contra um câncer de garganta. O cantor descobriu a doença em 1997, depois de perceber um caroço no pescoço.

"Isso lembra a gente de que qualquer coisa pode acontecer", disse então o músico, cuja vida viu-se também ameaçada quando um intruso o esfaqueou dentro de sua casa na Grã-Bretanha em 1999.

Philip Hunter, que escreveu livros sobre os Beatles, disse: "outro beatle se foi. Esse é um pensamento horrível. O grupo era uma entidade na vida das pessoas".

"Ele se viu encoberto por Lennon e McCartney e nunca conseguiu aceitar isso. Havia um certo amargor nele, mas, depois, ele percebeu a sorte que havia tido".

O BEATLE MAIS NOVO
O membro mais novo do grupo de música pop mais famoso do mundo será lembrado por sua devoção ao misticismo oriental. Foi Harrison que convenceu os outros integrantes dos Beatles a voar para a Índia e sentar-se aos pés de Maharishi Mahesh.

O grupo conquistou o mundo com 27 músicas no primeiro lugar nas paradas de sucesso dos EUA e da Grã-Bretanha. Harrison tinha apenas 27 anos em 1970, quando a banda se separou.

O também pop star Bob Geldof disse sobre Harrison: "ele não era um Beatle relutante. Ele sabia que seu lugar na cultura popular estava assegurado".

Referindo-se ao ataque de 1999, Alan Clayson, biógrafo de Harrison, disse: "ele foi esfaqueado no pulmão na época em que descobriu ter câncer de pulmão. O ataque teve um efeito psicológico sobre ele".

"Depois do assassinato de Lennon, ele se tornou muito fatalista. Era visto frequentemente bebendo em bares da região de Henley, onde morava".
Estou neste momento ouvindo a Rádio Cidade do Rio. Ué eles estão dizendo que estão fazendo um ano?
Xiiii, o Garagem é na segunda feira. Aproveita e tira uma foto da espetacular Larissa par gente conhecer, né?
E a entrevistada desse sábado no programa Kizumba Net será Larissa Zylderstajn, assessora de imprensa do cantor Supla!
Contaremos algumas fofocas sobre o programa Casa dos artistas e detalhes sobre a carreira do cantor...
Pra quem não sabe, Larissa também é a produtora do programa Garagem, da Brasil 2000 FM, que vai ao ar todos os sábados, das 23h a 1h. Lógico que não deixaremos de falar disso também...
Mandem suas perguntas para kizumbanet@ieg.com.br.
Para ouvir o programa é só digitar www.radioficina.ajato.com.br no sábado, das 14h as 16h e colocar seu Real Player pra funcionar.

quarta-feira, novembro 28, 2001

Não tem nada a ver com rádio, mas é muito engraçado: Mussumgrapher
Pelo nome vocês já vão sacar...

terça-feira, novembro 27, 2001

Onde estão meus óculos?
Vou dormir, to passado, inté...
Fiquei deveras feliz com as palavras elogiosas de nosso colega de profissão. Ele também está matando a pau lá na Rádio Jovem Pan, principalmente quando o assunto é jornalismo musical. Tá dano de mil a zero na turminha da Bandeirantes AM. Só que tem uma coisa. O site não é meu. Eu só edito. O site é de todo mundo que quiser participar. Quem tiver gravação antiga de rádio, ou algum texto antigo sobre o assunto pode mandar para radiobase@ig.com.br.

A propósito: quem descobriu este assunto da Record foi o André. Ponto para a Equipe da Rádio Base.
O Thiago Gardinali, que você provavelmente conhece da Jovem Pan e dos programas na Rede Vida e que é dono do website onde este amigo de vocês escreve uma coluna de rádio me mandou um email. Como modéstia não é o meu forte mesmo(ahahaha), vou reproduzi-lo.

Olá Marco! Tudo tranquilo?

A sua coluna é uma das campeãs de acesso do site. Está muito bacana.

Estive acompanhando esta semana a Rádio Record e ouvi algumas coisas engraçadas no programa do Paulo Barboza. Todas as ouvintes que ligam choramingam no ar o fato do programa estar com os dias contados. Em uma destas ligações, Paulo Barboza disse que era melhor mesmo sair da Record já que a emissora estava colocando no ar pessoas sem registro profissional para apresentar programas (referindo-se aos programas apresentados pelos pastores). Disse ainda que, se a rádio quer fazer radionovelas, que chame atores profissionais para fazê-las (referindo às novelinhas religiosas tipo "Fala Que Eu Te Escuto" que estão na programação). E realmente ele tem razão. Eu ouvi alguns trechos de programas apresentados por pastores e é lastimável. O pior é que não são programas de pregação; eles anunciam as músicas mais pedidas da semana, querem se fazer de populares... é uma forcação de barra só. Paulo disse ainda que não tinha medo de ficar desempregado e que se preciso fosse trabalharia em algum serviço de alto falantes do interior. Disse ainda estar com saudades de Nelson Rubens, que o antecedia, e que foi "substituido pelos evangélicos". E na segunda a Transamérica estréia o "Transnotícias" com o grande Ney Gonçalves Dias. Será que vai ser bom? Se depender do Ney, será bem bacana. Mais uma FM que entra na disputa pela audiência dos jornais matinais.

Marcão, é isso aí. Parabéns pelo seu site, acesso sempre.

Um abraço!

THIAGO GARDINALI
http://www.thiagogardinali.com.br
thiago@gardinali.com.br
Mas eu já estou acostumado. Moro numa cidade que só aparece no noticiário quando é caso de polícia. Acostumado mas não conformado. Exijo respeito, porra!!!!minha cidade tem muita coisa legal pra ser ver. O pior é que a discriminação começa pelo Diário do Grande Abc, que só põe a minha cidade nas manchetes quando é pra contar casos de polícia, como se aqui fosse a capital do crime e isso é grupo. Por isso é que aqui quase ninguém compra esse jornal. Bem feito, não sabe trabalhar, toma na cabeça.
Meu povo e minha pova, estou aqui de novo depois de longos 5 dias longe da base. Como disse, fui cobrir os dois dias do festival " A Um Passo do Fim do Mundo. O evento foi muito legal. Provavelmente vocês não deve ter ouvido falar muito dele porque correu tudo em paz. Como era um festival de cultura Punk e não teve quebra quebra, ninguém fala, né?

segunda-feira, novembro 26, 2001

E tem novidade no Kizumba Net!
A Partir da próxima semana estaremos percorrendo as rádios paulistanas e levando alguns de nossos quadros humorísticos delivery para lá! Você ouvirá, no Kizumba, as vozes das rádios mais ouvidas (as menos também) do dial paulistanos. Cada semana, levaremos uma rádio para o programa.
Em breve mais detalhes.
SITE DA RÁDIO 9 DE JULHO
A Rádio 9 de Julho (AM-1600 kHZ), de São Paulo/SP, é mais uma emissora paulistana com site na Internet. O endereço é: http://www.catolicanet.com/9dejulho/conteudo.asp . Lá você encontra a história, a programação, como anunciar e os meios para entrar em contato com a emissora.

domingo, novembro 25, 2001

Então vou poder ouvir de novo:
"É o Zé Bétio, na Capital... faloooooooouuu"
Nossa, deu até saudade desse blog!!!!!!!!!
Após uma boa formatada no HD, meu computador ficou novinho em folha de novo!

Pois é, André, o negócio funciona assim mesmo!
O "Quem-Indica" ainda funciona, e muito, nesse meio do rádio.
Por isso, vamos fazendo contatos, contatos e mais contatos...
ZÉ BETTIO VOLTA AO RÁDIO PAULISTANO
* Zé Bettio estréia na Rádio Capital AM no dia 4 de dezembro, com programa das 4h às 8h. O comunicador, que estava afastado das rádios há vários anos, já teve uma passagem pela Capital, além de ter sido da Tupi e da Record. (Diário de São Paulo-21/11/2001)

RÁDIO BANDEIRANTES TEM NOVA ESTAGIÁRIA
Li em uma revista que a Rádio Bandeirantes está com uma nova estagiária. Ninguém menos que Patrícia Abravanel, filha do empresário Sílvio Santos, dono do SBT. Segundo a revista, ela conseguiu esta vaga graças a Cláudia Saad, esposa de um dos donos da Bandeirantes. Cláudia e Patrícia freqüentam a Igreja Evangélica Vida Nova. Infelizmente, uma pessoa que teria milhões de chances de estagiar no SBT acaba indo tomar o lugar de outro na Bandeirantes. O rádio parece ser um lugar muito legal de trabalhar (nunca trabalhei), o que atrapalha é esta cultura do Q.I. (Quem indica!)

sábado, novembro 24, 2001

Terminei a minha coluna agora à tarde. Amanhã tem o Festival de Punk Rock, no Tendal da Lapa, ao lado da Estação de trem da Lapa. O bagulho começa às 12h e vai até 22h. No domingo tem repeteco. São Mais de 50 bandas de Punk Rock na veia. De repente rola até matéria, não sei. Não tô a fim de trampar amanhã, né?

segunda-feira, novembro 19, 2001

Se as outras fizessem isso, uma vez por dia, só uma vez, aposto que não ia cair o bingolim de ninguém.
Não acreditei. A Kiss, hoje à noite, tocou Tubullar Bells inteirinha do Mike Oldfield. Isso que é rádio de rock de cabra macho!!!!!!
Vi a reprise do Vitrine hoje. O gordinho de Cascadura fez uma reportagem (ou tentou fazer) com o pessoal da Kiss. Gostei do que o Ademar Altieri (diretor da rádio) disse. Em rádio a coisa tem de ser segmentada mesmo, nada de ficar misturando futebol com rock, dance.
Assim não dá!!!! Os caras parece que estão na Casa dos Artistas. Por sinal, a mansão das intrigas deu de 42 a 19 no Fantástico anteontem. Uau!!!!!

quinta-feira, novembro 15, 2001

NOTÍCIAS SOBRE A RÁDIO RECORD AM, publicadas no Diário de São Paulo - 15/11/2001
* O contrato de Paulo Barboza com a Record AM termina só em março de 2003. Até lá, ele e os outros apresentadores que ficaram na emissora terão de suportar as modificações impostas pela diretoria da emissora. Paulo Barboza deve ficar com o horário das 9h ao meio-dia, entre os programas evangélicos.
* Já Fiori Giglioti fica na Record até o final do Campeonato Brasileiro de Futebol. E Paulinho Boa Pessoa perdeu o horário das 5h às 7h30 e ficou com das 14h às 17h. Toda a equipe de funcionários dos apresentadores Nelson Rubens, José Luiz Datena e César Filho foi demitida.

terça-feira, novembro 13, 2001

RÁDIO RECORD:
Na edição de terça-feira do jornal "Diário de São Paulo", a colunista Sônia Abrão falou sobre a situação da Rádio Record, aconteceu exatamente o que eu tinha imaginado. Leiam a notícia abaixo:
* A diretoria da Record AM passou a tarde de sexta em reunião decidindo o futuro da emissora. Ficou acertado que a equipe de futebol, Paulinho Boa Pessoa e Paulo Barboza continuam até o final dos contratos, em fevereiro. Datena, Nelson Rubens e César Filho estão fora.

segunda-feira, novembro 12, 2001

PROGRAMAÇÃO DA RÁDIO RECORD:
Nesta segunda-feira, estive ouvindo a Rádio Record. Os programas do Paulo Barboza e do Paulinho Boa Pessoa continuam indo ao ar normalmente. Já o "Cidade Alerta", que era apresentado por José Luiz Datena, ao meio-dia, foi substituído pelo "Fala que eu te escuto". Creio que a emissora vai esperar terminar o contrato de cada comunicador e não haverá renovação.
Roberto Godói, jornalista especializado em armamentos e guerras, diz na Eldorado AM, que Nova York está sentindo os efeitos dos atentados de 11 de setembro. Americanos vivem o medo daquele atentado, ainda que tenha sido um acidente, segundo ele.
É, até o fim da tarde essa notícia estará completa. A Rádio Bandeirantes informa que testemunha teria visto a queda de uma peça do aparelho antes de ele se chocar com o solo.

O prefeito de Nova York, Rudolph Juliani, acaba de confirmar que a turbina teria caído do avião.....

A cidade está em alerta máximo porque a reunião de Chefes de Estado na Onu ainda não terminou......
Não dá pra saber ainda se trata de mais um atentado terrorista. Tudo leva a crer que tenha sido um acidente mesmo, mas ainda é muito cedo. As Bolsas de todo o mundo já começam a cair e as ações do consórcio fabricante do Air Bus. Economia não é tam simples assim, como diria Pedro Malan.
A Band TV está transmitindo as informações usando imagens da Reuters, por meio da Band News e o som da.....CNN? Nããããão, da Rádio Bandeirantes. Ponto para o rádio!
Caio Blinder, da Jovem Pan informa que as entradas e saídas de Manhatan estão fechadas e o espaço aéreo da região também. O avião saiu do aeroporto Kennedy, em NY mesmo e ia para Porto Rico. Já foram confirmadas a morte de 255 pessoas que estavam a bordo. Não se sabe ainda se há vítimas em terra.
O fato aconteceu há mais de meia hora e televisão está mostrando uma imagem distante de fumaça........Milton Neves acaba de observar na Jovem Pan uma coisa interessante: Quando acontece um desastre na Lapônia, a CNN mostra tudo em detalhes. Quando é no quintal deles, será que eles não tem um caminhão de reportagem para ir até lá? No Afeganistão, eles usam lap top celular para transmitir via satélite as imagens da guerra. É ainda bem que pra rádio não precisa de tudo isso, né?
Estava ouvindo a o Esporte Debate da Rádio Bandeirantes quando foi anunciado há poucos instantes a queda de um Air bus 320, da America Airlines em Queens, um bairro residencial na periferia de Nova York. Neste exato momento, mais da metade da população brasileira está sendo informada do fato direta ou indiretamente através da......televisão???? Nananina não. Do rádio, né pô!!!!!

domingo, novembro 11, 2001

E o pior que este tipo de coisa pega por osmose. Depois pra tirar é um saco. Ainda mais vindo da CBN, que tem credibilidade e tudo. Uma vez ouvi numa rádio um cidadão falar que "o meliante está detido no distrito policial de número 11." Eu mereço isso???
Até o bom Manual da Jovem Pan ensina que, em vez de colocar o número do distrito, é muito melhor identificar em que bairro ele fica. No caso, "o suspeito está preso na delegacia do bairro de Santo Amaro." É, e ainda acham que o livro do Heródoto é um best seller do gênero.
Isso é comum, André, acontecer na CBN. Afinal o que esperar de uma rádio cujos redatores não sabem o que é número ordinal. Já cansei de ouvir na CBN neguinho chamar o septuagésimo oitavo distrito policial dos Jardins (78º distrito policial dos Jardins) de delegacia de número 78. Porra!!!É foda!!!! Você vai nesse lugar e logo na entrada tem um puta de um desenho escrito 78º DP pintado na parede e o mané da rádio não sabe falar número em ordem cardinal!!!!! É de lascar!!!!!
ERRO NA RÁDIO CBN:
Houve um erro na edição do Repórter CBN que foi ao ar às 21:00 horas. Este boletim vai ao ar a cada meia hora na programação da emissora. O erro foi o seguinte: A seleção brasileira já está treinando na Granja Viana.
O correto seria dizer Granja Comary, em Teresópolis (RJ). Granja Viana é um bairro de classe alta de Cotia (SP).
Maiores audiências do rádio
10/11/2001
São Paulo - O Ibope realizou de dezembro/2000 à fevereiro deste ano uma
pesquisa com as maiores audiências das nove maiores capitais brasileiras. O
levantamento tem dois focos: a audiência percentual e números absolutos de
ouvintes por minuto. Confira os resultados:
Maior porcentagem de audiência média
FM's
1º lugar - 3,96% - Piatã (Salvador/BA)
2º lugar - 3,69% - Recife (Recife/PE)
3º lugar - 3,47% - 93 (Fortaleza/CE)
4º lugar - 3,31% - 105 (Brasília/DF)
5º lugar - 2,85% - Cidade (Curitiba/PR)
AM's
1º lugar - 2,98% - Farroupilha (Porto Alegre/RS)
2º lugar - 2,34% - Jornal (Recife/PE)
3º lugar - 1,81% - Tamandaré (Recife/PE)
4º lugar - 1,74% - Itatiaia (Belo Horizonte/MG)
5º lugar - 1,62% - Globo (Rio de Janeiro/RJ)
Maior média de ouvintes por minuto
FM's
1º lugar - 190.799 - 96,9 (São Paulo/SP)
2º lugar - 153.255 - Nativa (São Paulo/SP)
3º lugar - 152.398 - 98 (Rio de Janeiro/RJ)
4º lugar - 151.558 - Band (São Paulo/SP)
5º lugar - 149.917 - Melodia (Rio de Janeiro/RJ)
AM's
1º lugar - 136.959 - Globo (Rio de Janeiro/RJ)
2º lugar - 106.538 - Globo (São Paulo/SP)
3º lugar - 102.237 - Tupi (Rio de Janeiro/RJ)
4º lugar - 67.307 - América (São Paulo/SP)
5º lugar - 64.626 - Farroupilha (Porto Alegre/RS)
Fonte:
Material de apoio - Congresso Abert/Aesp 2001 - A Força do Rádio
Dando continuidade ao assunto da mudança de programação da Rádio Record, hoje estive ouvindo a jornada esportiva da rádio, que tem no comando Fiori Gigliotti. Ele disse que a equipe esportiva tem contrato com a emissora até o dia 30 de dezembro e que será cumprido até o final. O que vai acontecer depois do vencimento do contrato dependerá tanto da equipe, como da direção da emissora.
Fiori fez críticas a Rádio Jovem Pan que noticiou em seus programas esportivos o fim da equipe esportiva da Record. Ele disse que a Pan não abriu espaço para que ele explicasse no ar a situação. Falou também sobre a desunião da classe dos cronistas esportivos. Disse que, por causa desta desunião, os patrões fazem o que bem entendem. Nesta segunda-feira, estarei ouvindo a Rádio Record para confirmar se vai continuar somente a programação esportiva ou se a programação continuará normalmente com os outros comunicadores.

sábado, novembro 10, 2001

Não é à toa que a ex-líder de audiência de São Paulo por muitos anos vem perdendo público a cada dia. É um desperdício usar uma rádio tão tradicional e tão potente ser usada para pregação eletrônica. Acho que a intenção da Universal é acabar com uma das rádios mais importantes da história de São Paulo.

Só pelo simples fato de ter liderado e orientado os paulistas na Revolução Constitucionalista de 32, mereceria destino melhor. Se for confirmado essa mudança acontecerá na Record o mesmo que ocorreu com a Musical FM: a rádio vai cair no ostracismo.

sexta-feira, novembro 09, 2001

Notícia publicada pelo jornal "Diário de São Paulo", de São Paulo/SP, na
coluna da jornalista Sônia Abrão. Dia 09 de novembro de 2001:
A Record AM , há 69 anos ocupando os 1000 Khz, será mais uma rádio
evangélica no dial paulistano a partir de segunda-feira. Todos os
apresentadores, entre eles César Filho, Paulo Barboza e Fiori Gigliotti,
lenda viva do radialismo esportivo, tiveram seus contratos rescindidos. Mais
de 60 funcionários serão demitidos. O mesmo aconteceu com a Emoção FM,
também da Igreja Universal, no início deste ano.
COMENTÁRIO: É mais uma emissora tradicional que o rádio paulistano perde. A Record vai seguir a mesma linha da Gazeta AM de transmitir somente programas evangélicos. Espero que todos os profissionais de lá consigam se recolocar no mercado de trabalho.
Gosto muito do jeito do Fiori Gigliotti narrar uma partida de futebol. Na minha opinião, é um dos melhores narrados do rádio brasileiro de todos os tempos. Creio que muitos locutores esportivos da nova geração se inspiraram nele. Sou ouvinte do Fiori desde os tempos que trabalhou na Rádio Bandeirantes.
Ele tem frases marcantes que são usadas em todas as transmissões:
"Abrem-se as cortinas e começa o jogo, torcida brasileira..."
" O tempo passa..."
" Chutou, é fogo, é gol"
" Aguenta coração", entre outras.
Analisando as transmissões de futebol no rádio, podemos destacar vários estilos: alguns locutores fazem num estilo bem informativo, outros vão pelo lado descontraído. Já o Fiori utiliza uma linguagem poética para irradiar uma partida.
Vou estar acompanhando a programação da Record AM para ver se esta notícia é verídica. Se for, espero que outra emissora contrate o Fiori em breve.
Por falar em Record: hoje se completa o centenário de nascimento de Paulo Machado de Carvalho, fundador da Rádio e TV Record e um dos fundadores da Rádio Panamericana, atual Rádio Jovem Pan.
Deixa eu dar uma passada de espanador no blog, tá meio empoeirado...


Esses dias topei com Antônio Viviani num chat... será que era ele mesmo ou um espertinho?
Bom, pra quem não conhece, o Viviani é um dos grandes nomes da locução comercial e o Beto Hora sempre o imita na abertuda do Na Geral, é só conferir!
Acho que o André e o Marcos estão fazendo plantão na casa dos Artistas...heheheheh
Este diário está meio abandonado. É que o pessoal anda oucpado em outras coisas.......Mas a gente volta ao normal em breve?

domingo, novembro 04, 2001

Esse negócio de potência de transmissão é meio quiestionável.
Se essas informações estiverem realmente corretas, é fácil provar como isso é relativo. Depende muito da localização da antena transmissora, até mais do que a potência.
Exemplificando: O texto diz que a Pan só tem 35kw, mas estando de carro sentido interior, pela Fernão Dias, consegue-se ouvir a Pan até Mairiporã tranquilamente. Com a propagação aberta, até Atibaia...
Já a Bandeirantes FM (90,9 Mhz), que segundo o texto tem 100kw, eu não consigo ouvir de casa (centro de São Paulo) nem com bombril na antena (brincadeira, eu não faço isso!).
Outra rádio potente, mas não muito bem localizada é a Brasil 2000. Depois da última reforma nos estúdios e nos equipamentos, melhorou muito, mas em alguns lugares da cidade, ainda se ouve um chiadinho chato. Sem contar na piratas que ficam em cima...
Este Diário de Bordo não se responsabiliza pelas informações abaixo, que são de total responsabilidade dos editores do web sites Transamania - http://www.sitetransamania.cjb.net.

São Paulo tem potências repetitivas - Você que pensa que a Jovem Pan 2 de São Paulo tem mais de 100kw ou a Gazeta FM tem uma potência que extrapola os limites do decente você está enganado. A pan só tem 35kw naquela selva de pedra tão querida por nós. A Gazeta tem 70kw. Outra é a Metropolitana com 60kw. Pior, Manchete Gospel com 24kw.
As bam bam bam de lá em termos de sinal são: Bandeirantes 90,9fm (100kw), Band Sat 96,1fm (200kw), Rede Aleluia 99,3fm (180kw), Energia 97,7fm (100kw) e a nossa Transamérica 100,1fm com 360kw. A Transamérica é considerada a mais potente em FM no mundo. Potente é sim! Muito? Claro! Mas no mundo eu duvido. Ela com certeza é a mais potente de todo o continente Americano mas lá na Europa tem gente mais forte sim.
Bem chega de potência! Muita gente não entende bem disso. Falando a verdade eu sei pouco, mas estamos ai te informando cada vez mais.

sexta-feira, novembro 02, 2001

Quero dar meus parabéns ao José Paulo de Andrade, da Rádio Bandeirantes, pelas opiniões emitidas no Jornal Gente a respeito deste assunto. Ele foi muito sensato em sua explanação.

quinta-feira, novembro 01, 2001

Termina aqui o horário corporativo obrigatório ( e totalmente gratuito)

Voltamos à nossa programação normal.
A propósito, a caixa postal do nobre colega Paulo Pelicano e sua excelente newsletter é paulo.pelicano@fontepress.com.br
Na minha opinião a melhor missiva sobre caso é a que foi escrita por Luciano Martins

A magistrada Carla Rister acaba de comprovar que ninguém perde por investir na insensatez humana. Sua decisão a respeito da obrigatoriedade do diploma de jornalismo é uma pérola de inversões. Vejamos: ignora a digna magistrada que a questão foi levantada nos anos 1980 pela Folha de S.Paulo por uma questão meramente econômica: com o crescimento do jornalismo utilitário e sua profusão de "guias", "roteiros" e manuais, realmente ficava caro pagar o piso salarial de jornalista (que nunca foi grande coisa) para um trabalho que o offfice-boy poderia fazer, de checar a lista de filmes dos cinemas ou os endereços dos melhores restaurantes. Só isso. Participei daqueles primeiros debates e deixei a Folha em parte por causa da estupidez dos argumentos que queriam dar um tom "sociológico" ou de "direitos humanos" a uma reles questão de custoXbenefício.

Nunca, ninguém contestou o trabalho de especialistas em colunas que exigem conhecimento muito restrito. Depois que a Folha abandonou a trincheira, outros jornais, retardatários no pós-modernismo, como o Globo e Zero Hora, acharam por bem seguir com o tema. Os argumentos da magistrada revelam a profundidade de um pires e deixam claro que ela não tem a mais remota noção de como se processa o trabalho do jornalista. Seu argumento a respeito da falta de especificidade técnica essencial, referente ao risco social da atividade, aliás, atinge mais a advocacia, de onde ela se origina, em quase todas as especialidades, do que o jornalismo. Ou ela acha que um indivíduo sem a formação do jornalista profissional não é um risco à frente de um noticiário econômico? Um advogado pode, em boa parte de suas atividades, ser substituído por um computador com um menino ao teclado, se considerarmos o exercício dessa atividade nos mesmos padrões em que a digna magistrada coloca o Jornalismo.

Ademais, a medida cautelar, para a qual ela considera "o requisito do perigo de dano irreparável ou de difícil reparação, na medida em que aqueles que exercem a profissão de jornalista sem o devido registro (por não possuírem o diploma) podem vir a ser autuados a qualquer momento pela ré, bem assim a sofrer constrangimentos de toda sorte", é um verdadeiro primor, se considerarmos que aquele que exerce atividade sem a devida licença age de má-fé ou por ignorância, ou, acobertado pela empresa contratante, no vácuo de interpretação do que seja a atividade regulamentada. A moça está premiando os picaretas? Está abrindo um prededente para que possamos discutir outras profissões, inclusive a dela? Epa! Amanhã começo no ramo de compra e venda de imóveis. Também sei produzir business plans, em Português, Inglês e Espanhol. Tenho certas habilidades que me poderiam render alguns projetos de arquitetura. Depois de quase duas décadas como repórter policial, habilito-me a oferecer pareceres jurídicos sobre vasta gama de assuntos.

Garanto: com o Português muito superior, mais claro, mais elegante, e, po rtanto, mais apto a obter Justiça do que 99% dos advogados e juizes, conheço muitos jornalistas que corrigiram pareceres jurídicos. A legislação, a jurisprudência e até mesmo as possíveis evoluções das leis estão na Internet. Aplicada a interpretação que a magistrada dá ao Jornalismo, basta bom senso e alguma esperteza para se exercer a maioria das profissões regulamentadas. E as empresas de Jornalismo acham que, eliminando a exigência do diploma, vão economizar e melhorar a qualidade do trabalho? Recebem todos os anos, das universidades, de graça, milhares de candidatos a empregos mal remunerados e instáveis, profissionais que durante anos foram submetidos a questionamentos éticos e, ainda que não tenham recebido a formação ideal, chegam às redações conscientes dos limites morais do seu trabalho, tinindo de tesão por essa profissão difícil, mas maravilhosamente gratificante. E querem trocar por quem? Jovens yuppies expertos no uso da calculadora financeira? Psicólogos que só escrevem e falam Gerúndio? Advogados incapazes de achar o lead da vida? Filósofos que entram em delírio diante do dead line? Economistas - que se crêem cientistas - e reduzem a complexidade da sociedade a números de mercado? Valha-nos Deus, Nosso Senhor!

Luciano Martins - lucmartin@hotmail.com
Leia a notícia na íntegra. Afinal Jornalismo e rádio tem tudo a ver.

Revista Consultor Jurídico 30/11/2001

Liberdade de expressão

Justiça Federal dispensa diploma para jornalistas

A 16ª Vara Federal de São Paulo concedeu liminar para impedir a União de exigir o diploma do curso superior em Jornalismo para registro profissional no Ministério do Trabalho. A decisão da juíza federal substituta Carla Abrantkoski Rister é válida em todo o país. O pedido foi feito pelo procurador Regional dos Direitos do Cidadão, André de Carvalho Ramos, em Ação Civil Pública com pedido de tutela antecipada.

O representante do Ministério Público Federal, em defesa da liberdade de expressão, argumentou que o mandamento constitucional se sobrepõe a regras legais e que a exigência do diploma não foi recepcionada pela Carta. A Juíza acolheu o argumento e também determinou que não se "execute mais fiscalização sobre o exercício da profissão de jornalista por profissionais desprovidos de grau de nível universitário".

Em seu voto, afirma que "o jornalista não requer qualificações profissionais específicas, indispensáveis à proteção da coletividade, diferentemente das profissões técnicas (a de Engenharia, por exemplo), em que o profissional que não tenha cumprido os requisitos do curso superior pode vir a colocar em risco a vida de pessoas". Na ação, o MPF alegou que as pessoas que não têm diploma podem ser multadas e até mesmo presas quando exercem a profissão. "Para isto, basta que tais jornalistas sejam alvo de denúncia por parte de algum desafeto ou, simplesmente, recebam visita fiscalizatória de membro do sindicato dos jornalistas ou fiscal da Delegacia Regional do Trabalho".

Veja trecho da decisão da juíza

Dentro do escopo conferido pela Constituição de 1988, consagrador das liberdades públicas, donde se insere a liberdade de manifestação do pensamento, a liberdade de expressão intelectual, artística e científica, independentemente de censura prévia, tenho que, em princípio, um diploma legal anterior à Constituição, a par do fato de ter sido editado sob a forma de Decreto-Lei e não de lei em sentido formal, que impõe a necessidade de formação superior para o exercício da profissão de jornalista, elaborado em época eminentemente diversa, em termos dos valores sociais vigentes, em que inexistia tal liberdade de expressão, inclusive nos meios de comunicação, à época fortemente controlados pela censura, não foi recepcionado pela Constituição atual, em função da colidência com tais princípios nela consagrados.

Tal se deve, ademais, à propalada irrazoabilidade do requisito exigido para o exercício da profissão, tendo em vista que a profissão de jornalista não requer qualificações profissionais específicas, indispensáveis à proteção da coletividade, diferentemente das profissões técnicas (a de Engenharia, por exemplo), em que o profissional que não tenha cumprido os requisitos do curso superior pode vir a colocar em risco a vida de pessoas, como também ocorre com os profissionais da área de saúde (por exemplo, de Medicina ou de Farmácia).

O jornalista deve possuir formação cultural sólida e diversificada, o que não se adquire apenas com a frequência a uma faculdade (muito embora seja forçoso reconhecer que aquele que o faz poderá vir a enriquecer tal formação cultural), mas sim pelo hábito da leitura e pelo próprio exercício da prática profissional.

Ademais, a estipulação de tal requisito, de cunho elitista, considerada a realidade social do país, vem a perpetrar ofensa aos princípios constitucionais mencionados, na medida em que se impede o acesso de profissionais talentosos à profissão, mas que, por um revés da vida, que todos nós bem conhecemos, não pôde ter acesso a um curso de nível superior, restringindo-lhes a liberdade de manifestação do pensamento e da expressão intelectual.

E nem se levante a objeção, ademais, de que tal pessoa poderia enviar uma carta ao jornal, expressando-se livremente, pois é certo que há enorme diferença em assinar uma matéria como jornalista, expressando suas idéias, e ter uma carta, sintetizada em duas linhas, publicada na seção de leitores, eis que a livre manifestação do pensamento importa em manifestar-se num veículo em que aquele que se expressa seja ouvido.

Outra irrazoabilidade na exigência do diploma ao jornalista consiste na decorrência lógica que isso cria, levantada por um dos pareceristas a que se refere o autor na inicial: caso tal exigência prevalecesse, o economista não poderia ser o responsável pelo editorial da área econômica, o professor de português não poderia ser o revisor ortográfico, o jurista não poderia ser o responsável pela coluna jurídica e, assim, por diante, gerando distorções em prejuízo do público, que tem o direito de ser informado pelos melhores especialistas da matéria em questão.

Outrossim, verifica-se também o problema de locais de escassa população, em que inexistem os profissionais com diploma, em que a atividade jornalística restaria comprometida, em detrimento do público, que tem o direito à informação (artigo 5º, inciso XIV, da C.F.).

Sobre o tema da liberdade de imprensa, trago as oportunas palavras de Jean Rivero, trazidas em sua obra "Les Libertés publiques" (Tome 2, PUF, 6ª edição, 1997, pág. 233), cuja universalidade de suas premissas pode ser aplicada ao presente caso, em que pondera: "É necessário sublinhar que a profissão de jornalista é uma das raras profissões a cujo acesso não se exige diploma algum, nenhuma formação anterior, nenhuma qualificação particular.

Há escolas de jornalismo, mas a passagem por uma delas não é requerida para se adentrar na profissão. Essa total liberdade de recrutamento tem os seus aspectos positivos, sendo que o aprendizado pela prática atende bem às peculiaridades da profissão. A despeito disso, é mesmo paradoxal que uma atividade que confere um poder excepcional sobre o conjunto da opinião pública seja subtraída da verificação de qualidade daqueles que a exercem" (destaquei).

Nem seria necessário aprofundamento em demasia da questão, na atual fase processual, mas incumbe notar que adoto posicionamento favorável ao caráter vinculante da Convenção Americana de Direitos Humanos, em face da sua ratificação pelo Brasil aos 25/9/1992, conforme, aliás, já defendi na monografia: "A relação entre o ordenamento internacional e o ordenamento interno em matéria de direito humanos" (in Boletim dos Procuradores da República, Ano II, nº 16, Agosto/99).

Assim verifico que o art. 13 da referida Convenção consagra a liberdade de expressão e a proibição de qualquer forma de obstáculos ou meios indiretos ao direito de informação, como se verifica com a exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão do jornalista.

Concluo, assim, que não houve a recepção do art. 4º, inciso V, do Decretro-Lei nº 972/69, pela CF/88, no que tange à exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão de jornalista. Porém, não acredito que a existência do registro junto ao Ministério do Trabalho seja de todo despropositada, desde que não se faça a exigência do referido diploma, tendo em vista que, em todas as profissões, é salutar que exista uma entidade de controle e fiscalização daquelas pessoas que as exercem de modo profissional.

Nesse sentido, trago novamente as palavras de Jean Rivero, na obra citada, pág. 232: "A qualidade de jornalista profissional supõe duas condições de fundo: - a profissão deve ser exercida a título principal, de forma regular e remunerada, em uma publicação periódica, uma agência de imprensa, ou em rádio e televisão; - o interessado deve ter esta como a principal de suas fontes de renda (Código do Trabalho, art. L. 761-2). A reunião dessas condições é constatada pela Comissão da Carteira de Identidade Profissional.

A carteira permite aos titular prevalecer-se de medidas tomadas pelas autoridades administrativas em favor dos representantes da imprensa". Assim, tenho que a idéia subjacente ao trecho mencionado pode ser aproveitada no presente, ou seja, o registro em si mesmo não importa em qualquer cerceamento de direitos, diferentemente do que ocorre com a exigência do diploma de nível superior.

Resta presente, outrossim, o requisito do perigo de dano irreparável ou de difícil reparação, na medida em que aqueles que exercem a profissão de jornalista sem o devido registro (por não possuírem o diploma) podem vir a ser autuados a qualquer momento pela ré, bem assim a sofrer constrangimentos de toda sorte.

Não obstante, o pedido não merece atendimento em sua integralidade, na medida em que a declaração de nulidade de todos os autos de infração já lavrados importaria em irreversibilidade do provimento, o que é vedado em sede de antecipação de tutela, a teor do § 2º do art. 273 do C.P.C.. Também a providência pleiteada de expedição de ofícios aos Tribunais pode aguardar a prolação de eventual sentença favorável, a fim de evitar tumultos desnecessários, que poderiam surgir no caso de sentença desfavorável ao autor.

Diante do exposto, Defiro Parcialmente o pedido de antecipação dos efeitos da tutela, para determinar que a ré União Federal, em todo o país, não mais exija o diploma de curso superior em Jornalismo para o registro no Ministério do Trabalho para o exercício da profissão de jornalista, informando aos interessados a desnecessidade de apresentação de tal diploma para tanto, bem assim que não execute mais fiscalização sobre o exercício da profissão de jornalista por profissionais desprovidos de grau de nível universitário de Jornalismo, assim como deixe de exarar os autos de infração correspondentes, até decisão ulterior do presente Juízo, sob pena de comissão de multa diária, nos termos do artigo 11 da Lei nº 7.347/85.

Processo nº 2001.61.00.025946-3

Revista Consultor Jurídico, 30 de outubro de 2001.



Amiguinhos de bordo, vou abrir um parênteses beeeeem grande para comentar sobre essa babaquice judicial que foi a sentença dessa juíza cujo nome não me darei ao trabalho de repetir, em respeito à inteligência de nosso leitor. Como a minha opinião coincide com a maioria dos colegas de teclado e dos homens com juízo nos miolos, reservo-me no direito de reproduzir os comentários de alguns jornalistas veiculados pela news letter do meu amigo Paulo Roberto Pelicano.

Diário de Pernambuco – 31/10/01


NÃO ACREDITO QUE LI ISSO...

NÃO SOU JORNALISTA HÁ MUITO TEMPO, MUITO PELO CONTRÁRIO, ´HÁ APENAS 1 ANO, MAS ESTOU BATALHANDO DEMAIS PARA CONSEGUIR MEU ESPAÇO E TENHO DIPLOMA, PAGUEI "UMA NOTA" PARA CONCLUIR O CURSO DE JORNALISMO... E AGORA LEIO ISSO!?!?!?!
NÃO QUERENDO DESMERECER QUEM FAZ OUTRAS FACULDADES, MAS SE EU SOUBESSE QUE ISSO IA ACONTECER, CERTAMENTE TERIA FEITO LETRAS, RELAÇÕES INTERNACIONAIS, GEOGRAFIA OU QUALQUER OUTRA FACULDADE E DEPOIS SAIA ESCREVENDO EM DIVERSOS JORNAIS, REVISTAS ETC...
QUE VERGONHA!

INGRID LOPES - alcamplop@uol.com.br

Paulo,

vc não teria o e-mail da juíza Carla Arantkoski Rister para enviarmos para ela algumas observações?...

um abraço,
Paulo Henrique Ferreira -paulo.henrique@gowapcorp.com.br

Ps.: Por que advogado precisa de diploma, se a lei está aí para ser lida - e interpretada - por todos? Aliás para que faculdade, para qualquer profissão, já que o conhecimento está disponível a todos? Se seguirmos o mesmo raciocínio da juíza...


Oi Paulo!
Achei um absurdo essa idéia de acabar com a obrigatoriedade do diploma para
Jornalismo - é mais uma medida descabida, como tantas outras que acontecem
neste país. Mas, creio que não "pegará" (assim espero!).

Um abraço e bom feriado!
Kátia Leite - ka_leite@hotmail.com

Que palhaçada é essa agora? Então também posso ser administradora de empresas, quem é que precisa estudar para isso? Afinal, "qualquer um" escreve bem, nem precisa estudar e ser jornalista para isso. O que "qualquer um" não faz é ter paciência e pique de correr atrás da notícia, de insistir por uma informação e um furo. Isso, inclusive, muitos dos jornalistas formados não têm o jeito para isso, imagine quem nunca estudou para esta bobagem que é ser jornalista. Ah sim, também qualquer um faz um texto com
lead, sub lead, nenhum de nós com anos de experiência "apanhou" para entrar no padrão "texto dentro da forminha", assim como nenhum de nós apanhou depois para fazer um texto mais leve, mais brincalhão, mais revista... E aquela enganação de que a lei não retroage para prejudicar o cidadão? Era mentira? Então quero ser ressarcida pelos quatro anos de investimento na faculdade, que jã não vale para mais nada. Já que qualquer um pode ser jornalista, façamos assim: quem não estudou e quer atuar na área, calcule
quatro anos de facu e pague como indenização aos idiotas que seguiram uma lei que reconheceu a profissão e que já não vale mais nada. Que país é este? Com aquela lei já estamos numa guerra de foice por um emprego, agora vamos noa pegar pelos cabelos por uma vaga. O que não entendo é como pessoas fora da área decidiram ser jornalistas: "quero escrever, ser repórter, então vou estudar relações internacionais ou direito..." Como é que ninguém pensa em ser advogado e estudar jornalismo?

Francine Mendonça - francinemendonca@ig.com.br

Pelicano,

Absurdo isso e não merece comentário.

Alexandre Akashi
aleakashi@uol.com.br

Oi, Paulo.

Nossa fiquei revoltada ao saber dessa notícia... Anos de faculdade, anos de estudo, leitura, aprimoramento... para nada? Não basta
essas popozudas tomarem nossos empregos em tevê e agora mais essa. Isso é uma forma de legalizar a burrice, a ignorância e tudo mais que é idiota e repugnante hoje na mídia brasileira.
É dar o direito para que essas (esses) modelos frustrados, ganhem mais espaço para mostrarem seus corpos onde sustentam um cérebro vazio. Acho que precisamos nos unir e vamos fazer "urgente"...

Eliane (Bauru/SP) - elianecalixto@hotmail.com

Pelo menos se voce for preso, acho que ainda tem direito a cela especial. certamente nao tao legal como a do Lalau, mas...

Vinicius Souza - vgpsouza@uol.com.br

Caro PP,

adorei seu comentário.
Acho que eu vou ser técnico de futebol, já que conheço bem de táticas,
ou quem sabe, Diretor Legislativo de qualquer câmara municipal (não sei qual dos dois o salário é melhor)
Anos de faculdade, discussões, ética e etc jogados no lixo porque somos classistas?
Somos classistas sim, tem cada caso aqui na Baixada de gente trabalhando sem diploma em TV que é vergonhoso.
Enquanto isso, milhares de colegas ainda buscam um lugar no mercado.
Se antes tava difícil para eles, agora piorou................

Forte Abraço

Aldo Neto - aldonet@uol.com.br

Paulo,

que loucura esse negócio do diploma, nunca te mandei nenhum e-mail, mas realmente estou chocada. Jornalismo é prestação de serviço público e exige conhecimentos específicos sim. Minha sugestão, levante um abaixo assinado, aproveite que você tem este mailing numeroso e influente.

Jacqueline Pereira - jacque_pereira@hotmail.com

Ôooooo, Paulo

Parece que estou sempre querendo polemizar ou simplesmente te contestar, mas essa discussão de exigência de diploma de jornalista envolve outros pontos, além do sentimento naturalmente 'indignado' daqueles que gastaram anos e $$ em bancos de faculdade (eu inclusive...).

Em primeiro lugar, como a instituição dos cursos superiores de jornalismo é algo recente, o que fazer com os 'velhos' jornalistas, que já exerciam a profissão muitpo antes de serem criadas as faculdades de jornalismo? Ou você acha que gente como Clovis Rossi, Ruy Castro, Sergio Augusto, entre tantos outros, possuem diploma de jornalismo?? E o Paulo Francis, era formado em jornalismo?? Em segundo lugar, vem a triste realidade do nível das faculdades de jornalismo no país. Com exceção (talvez...) da ECA, não vejo nenhuma que possa realmente merecer esse título... Eu mesmo fiz jornalismo na PUC e o que aprendi? ABSOLUTAMENTE NADA!!!!

E o pior é que novas faculdades surgem a toda hora e despejam um bando de pseudo-jornalistas no mercado, ignorantes e totalmente despreparados para a função. Isso ainda cria um problema muito mais sério: os veículos optam por contratar esses incompetentes, que topam fazer qualquer coisa por qualquer 'gorjeta', só para poder dizer: "Trabalho na Folha".... Ao mesmo tempo, o veículo está coberto: os 'jornalistas' contratados têm diploma... enquanto uma multidão de outros, eficientes, experientes e mais caros, engordam as estatísticas do desemprego.

Hoje, é comum vermos em veículos consagrados como Folha, Veja e Estadão, focas de m* ocupando lugares que outrora foram de jornalistas com J maiúsculo. No JT, tem estagiario fazendo trabalho de editor, tem jornalista trabalhando 25 dias seguidos, sem folga, tem anomalias e anormalidades de todos os tipos, em grandes e pequenos veículos, muitas delas causadas pela necessidade do diploma. Em tese, uma medida acertada; na prática, como muitas coisas nesse país, aviltada e usada em beneficio dos patroes e contra a classe que deveria proteger: nós, jornalistas...

Márcio Gaspar - Marcio.Gaspar@Edelman.com
Depois do jantar dar-me-ei o direito de comentar sobre esta sentença absurda que suspende a obrigatoriedade do diploma de jornalista. Desde já congratulo-me com o grande José Paulo de Andrade, que dicordou veementemente dessa arcaica decisão judicial.